Fonte: molon.com.br
A Assembleia Legislativa ameaça fazer descarrilar a renovação automática da concessão da SuperVia por mais 25 anos, até 2048. Hoje, durante uma audiência pública na Alerj, o presidente da Agência Reguladora de Transportes Públicos, Luiz Barbosa, afirmou que já analisa a proposta da concessionária para garantir a continuidade do contrato, que expira em 2023. As negociações duram mais de dois anos e, segundo fontes do governo e da própria SuperVia, já não faltam arestas a serem aparadas.
— Se o governo renovar, iremos à Justiça contra isso. Querem repetir a vergonha do metrô, que ganhou a renovação por 20 anos em troca de uma gambiarra entre Pavuna e Botafogo cheia de problemas — criticou o deputado Alessandro Molon (PT).
Após a aprovação da agência, a renovação do contrato será assinada pelo governo. Pelos novos termos, a SuperVia pretende investir R$ 1 bilhão, com o estado aplicando outro bilhão na compra de 120 trens refrigerados e criando um fundo de cerca de R$ 140 milhões para pagar dívidas herdadas da Flumitrens, estatal que antecedeu a SuperVia.
Em troca, a empresa comprará e reformará 120 composições, assumirá o ramal de Guapimirim e reativará a ligação entre Santa Cruz e Itaguaí. Outro projeto previsto é o da criação de uma linha entre Bonsucesso e a Ilha do Governador. Tantas benesses, porém, não enchem os olhos dos deputados, escaldados peloa problemas recentes de falhas mecâncias e superlotação no Metrô Rio, que também teve sua concessão renovada por 20 anos.
— Temos trens fantasmas circulando sem maquinista, uso de cães contra passageiros e gente sendo chicoteada na SuperVia. Isso é prêmio? Isso é um castigo para a população. Houve atribuições como a instalação de ar-condicionado nos vagões que foram devolvidas para o estado, através de aditivos no contrato. Isso depois dessa vergonha do metrô, que ganhou a renovação por 20 anos em troca de uma gambiarra dessa ligação Pavuna-Botafogo — completou Alessandro Molon.
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É um absurdo que a renovação da SuperVia seja antecipada.Esta e todas as concessões que oferecem péssimos serviços como Barcas e as empresas da região dos Lagos que operam serviços de água e esgoto.É só ver o caos diário das Barcas( que motivou uma CPI),dos trens e do metrô.Além do que não é correto que haja a renovação faltando ainda 13 anos do atual contrato.Como qualquer prestador de serviço é preciso averiguar a qualidade dos trabalhos prestados e se for por merecimento renová-los.Essa renovação não pode ocorrer sem antes ouvir a Assembléia e a sociedade. Já que o princípio destes serviços é servir ao público.
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