quarta-feira, 24 de julho de 2013

Prefeitura admite que Rio tem plano de contingência limitado

Fonte: O Globo

Depois do caos provocado por uma pane no metrô, o presidente da Rio Eventos, órgão da prefeitura do Rio, reconheceu que o Rio não tem um plano de contingência “bem apurado” para falhas como a da tarde desta terça-feira, que deixou as linhas 1 e 2 paralisadas por duas horas. Em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo, Leonardo Maciel disse que a situação foi mais complicada porque aconteceu no momento em que as pessoas deixavam o trabalho e que milhares de peregrinos seguiam para a abertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Copacabana.

— É uma limitação de infraestrutura que a gente tem na cidade. O Rio está com um volume de pessoas que não é comum e quando acontece um transtorno desse, obviamente tem um impacto na mobilidade das pessoas e foi numa hora que as pessoas estavam indo para Copacabana e os trabalhadores indo do trabalho para suas casas, então realmente teve um impacto na cidade — disse Maciel.
O presidente da Rio Eventos afirmou ainda que o ocorrido desta terça-feira foi um evento inesperado, causando um impacto negativo na cidade. No entanto, apesar dos transtornos, segundo ele, as pessoas conseguiram chegar à Copacabana e o evento foi um sucesso.
— Houve uma quebra, a gente não controla esse tipo de evento. Copacabana é um local que você tem acesso por metrô e ônibus, quando quebra o metrô realmente tem um impacto ruim. O fato é que todo mundo conseguiu chegar em Copacabana e o evento ocorreu muito bem — disse ele.
Secretário estadual de Transportes desaparece em meio ao caos
Em meio ao caos instalado nesta terça-feira no sistema de transporte público do estado, o secretário de Transportes, Júlio Lopes, desapareceu. Segundo o jornal “Extra”, a assessoria de imprensa do secretário não atendeu telefones nem respondeu e-mails. No Facebook, Lopes postou em seu perfil, por volta das 14h, uma foto ao lado de um prefeito de seu partido, o PP, mas nenhuma linha sobre o metrô. O secretário limitou-se a avisar no fim do post que estava em Copacabana.
De acordo com a concessionária Metrô Rio, um cabo de energia se rompeu na estação Uruguaiana, no Centro Rio, por volta das 16h30m. Por causa disso, as linhas 1 e 2 ficaram totalmente paradas e as estações tiveram de ser fechadas. De acordo com o Metrô Rio, a energia das linhas 1 e 2 foi interrompida para que as equipes de manutenção trabalhassem em segurança.
Passageiros que estavam na estação Uruguaiana contaram ao GLOBO que uma peça de metal caiu nos trilhos e, quando o trem passou, houve faíscas, que saltaram em direção a quem estava na plataforma. Há relatos também de que alguns passageiros ficaram confinados dentro da estação e, revoltados, quebraram o vidro de uma porta de vidro da sala de segurança. A Light informou que a empresa não tem relação com o problema de abastecimento de energia nos trilhos do metrô.
Na estação Uruguaiana, funcionários do metrô afirmaram que o problema começou depois que um equipamento foi acionado indevidamente, o que provocou uma pane na rede elétrica. Um trem ficou parado no local, e a estação precisou ser esvaziada. Os passageiros tiveram que sair da estação apenas por uma saída, na Rua Uruguaiana, já que os outros portões de acesso foram fechados.
No interior da estação houve muita confusão e pelo menos três pessoas passaram mal. Uma mulher grávida chegou a desmaiar e foi socorrida pelos bombeiros. Muitos peregrinos estrangeiros que estavam no local ficaram perdidos. Algumas pessoas tentaram orientá-los sobre como pegar ônibus para Copacabana ver a missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude. A circulação só foi retomada, com intervalos irregulares, cerca de duas horas depois.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Após mais de duas horas, metrô volta a funcionar no Rio

Fonte: O Globo

Após pouco mais de duas horas de interrupção, as linhas 1 e 2 do metrô voltaram a funcionar por volta das 18h40m desta terça-feira. De acordo com a concessionária Metrô Rio, um cabo de energia se rompeu na estação Uruguaiana, no Centro Rio, por volta das 16h30m. Por causa disso, as linhas 1 e 2 ficaram totalmente paradas.
Ainda segundo a concessionária, as estações foram reabertas e o intervalo de circulação dos trens está sendo normalizado. Ainda de acordo com o Metrô Rio, a energia das linhas 1 e 2 foi interrompida para que as equipes de manutenção trabalhassem em segurança. Por volta das 19h30m, os trens da linha 1 estavam operando de forma direta até a estação Siqueira Campos, sem parar na estação Cardeal Arcoverde
Passageiros que estavam na estação Uruguaiana contaram ao GLOBO que uma peça de metal caiu nos trilhos e, quando o trem passou, houve faíscas, que saltaram em direção a quem estava na plataforma. Pôde ser ouvido no local um estrondo por volta das 16h30m.
Há relatos também de que alguns passageiros ficaram confinados dentro da estação e, revoltados, quebraram o vidro de uma porta de vidro da sala de segurança. A Light informou que a empresa não tem relação com o problema de abastecimento de energia nos trilhos do metrô.
Na estação Uruguaiana, funcionários do metrô afirmaram que o problema começou depois que um equipamento foi acionado indevidamente, o que provocou uma pane na rede elétrica. Um trem ficou parado no local, e a estação precisou ser esvaziada. Os portões de acesso foram fechados.
Muitos peregrinos estrangeiros que estão no local ficaram perdidos. Algumas pessoas tentaram orientá-los sobre como pegar ônibus para Copacabana ver a missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude.
O gerente comercial Sidney Santos estava dentro do trem que sofreu uma pane na estação Uruguaiana. Segundo ele foi possível ouvir uma pequena explosão e depois se percebeu a presença de chamas.
- A explosão ocorreu pouco depois das 16h. Ficamos uma hora no trem sem receber qualquer informação. Só então vieram nos informar que o metrô não iria mais funcionar. Não sei como farei para ir para casa - disse Sidney.
No interior da estação houve muita confusão e pelo menos três pessoas passaram mal. Uma mulher grávida chegou a desmaiar e foi socorrida pelos bombeiros. Formou-se uma longa fila na bilheteria de pessoas em busca da devolução do dinheiro. Uma delas foi a peregrina Jucelia de Souza, do Paraná. Depois de receber o novo ticket do metrô, ela deixou a estação correndo em busca de um ônibus para Copacabana para assistir a missa das 19h. Os passageiros tiveram que sair da estação apenas por uma saída, na Rua Uruguaiana.
Prefeitura faz operação para missa em Copacabana
Mais cedo, a prefeitura do Rio preparou uma operação para o evento que marca a abertura oficial da Jornada Mundial da Juventude 2013: a missa com a presença do Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, em Copacabana, às 19h30m. É feriado na cidade desde as 16h. Para evitar problemas no trânsito, a partir das 14h começaram a ser implementadas as interdições no trânsito de Copacabana, na Zona Sul. Por volta de 14h20m, a pista junto à orla da Avenida Atlântica foi fechada até o Leme. A pista no sentido oposto teve a mão invertida. Os motoristas que chegam ao bairro pelo Túnel Novo são desviados pela Rua Barata Ribeiro.
Depois das 16h, o trecho da Avenida Atlântica entre a Rua Figueiredo Magalhães e a Avenida Prado Junior foi totalmente fechado. Com isso, o fluxo do tráfego da Avenida Atlântica no sentido Botafogo foi desviado pela Rua Figueiredo Magalhães até a Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Equipes da CET-Rio e da Guarda Municipal estão no bairro para orientar os motoristas. No sentido Ipanema, os motoristas deverão seguir pela Rua Barata Ribeiro. Somente veículos autorizados poderão circular nas áreas autorizadas. A operação foi iniciada às 23h de domingo, com a proibição de estacionamento em algumas áreas.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

A caixinha dos trens e dos metrôs

Fonte: O Globo

ARTIGO - ELIO GASPARI

Desde 1993, quando foi aberta a caixinha das empreiteiras com deputados da Comissão do Orçamento, não aparecia notícia tão boa para expor o metabolismo das roubalheiras nacionais. Os repórteres Catia Seabra, Julianna Sofia e Dimmi Amora revelaram que a Siemens alemã, a maior empresa de equipamentos eletrônicos da Europa, colaborará com o governo para expor a formação de cartéis que viciam concorrências para compra de equipamentos no Brasil. Ela tem 360 mil empregados em cerca de 190 países. Foram negócios de bilhões de dólares, com maracutaias das quais participava. Desta vez o Ministério Público poderá furar a poderosa blindagem de um cartel invicto.

Há sete anos o deputado Osmar Serraglio, relator da CPI dos Correios, informou que havia “denúncias que precisam ser aprofundadas”. Uma delas tratava de um contubérnio entre a empresa francesa Alstom e a Siemens para fraudar uma concorrência de R$ 78 milhões. Na denúncia havia nomes, datas e locais. Deu em nada.

Tudo bem, teria sido esperneio de concorrente. Afinal, com 110 mil funcionários pelo mundo afora, o conglomerado da Alstom era uma das maiores empresas do mercado. Ela e a Siemens foram grandes fornecedoras de máquinas aos governos brasileiros, tanto o federal quanto os de diversos estados.

Em 2008 o “The Wall Street Journal” revelou que a Alstom estava sendo investigada na França e na Suíça por ter pago propinas globalizadas. Na lista estava o Brasil, honrado com jabaculês no metrô de São Paulo (US$ 6,8 milhões em mimos) e na hidrelétrica de Itá (propina de US$ 30 milhões). Num contrato com o Metrô paulista, a Alstom e a Siemens foram parceiras.

Autoridades municipais, estaduais e federais prometeram rigorosas investigações. Um ex-diretor da área de energia da Alstom já fora preso. O assessor de um senador fora grampeado pedindo dinheiro num contrato da EletroNorte. Se isso fosse pouco, o Ministério Público suíço tinha nomes, endereços, RGs e números de contas. Lá, um diretor da empresa foi para a cadeia. No Brasil, acharam-se até comprovantes de depósitos. Mark Pieth, presidente do Grupo Anticorrupção da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, contou que “em 2005, no Estado de São Paulo, pessoas que eram responsáveis pela compra de equipamentos não pediram suborno para eles, mas sugeriram que a empresa fizesse ‘pagamento ou presente político’, para a caixa de partido”. O estado de São Paulo é governado pelo PSDB desde 1995 e, até 2008, firmou 139 contratos com a Alstom no valor de mais de R$ 5 bilhões. Entre 2003 e 2008, o governo de Lula contratou R$ 1,2 bilhão com a empresa. Foram vãs todas as tentativas de criação de uma CPI em São Paulo. A cada blindagem, contudo, correspondia mais uma revelação. Chegou-se a um ex-presidente das Centrais Elétricas de São Paulo, CESP, que reconheceu ter recebido, na Suíça, US$ 1,4 milhão, mas, segundo ele, tratava-se apenas de uma consultoria. Já são cerca de vinte os processos que correm no MP sobre os negócios da Alstom em São Paulo.

Quando vozes mais altas se alevantam, as coisas andam devagar. A decisão da Siemens, consequência dos novos padrões de conduta de grandes empresas, poderá iluminar esse porão. Se nem isso adiantar, a situação está pior do que se pensa.

Elio Gaspari é jornalista

terça-feira, 16 de julho de 2013

Veja o funcionamento do Metrô e Trens durante a Jornada Mundial no Rio

Fonte: G1

METRÔ
Por ser feriado nos dias 25 e 26, a operação do metrô começa às 7h e segue normalmente até as 12h, com todas as estações abertas recebendo todos os tipos de bilhete (pré-pago, unitário, Riocard e Cartão Peregrino).

A partir das 12h, começa a operação especial para os eventos da Jornada Mundial da Juventude com a presença do Papa Francisco, em Copacabana, quando serão aceitos somente os cartões especiais, com horário de viagem marcado. A estação Cantagalo estará fechada.

Para as viagens de ida, a Linha 1 vai da Saens Peña à estação Siqueira Campos, sendo que para melhorar o fluxo de passageiros, os trens não vão parar na estação Botafogo. Os usuários que vão para os eventos na praia deverão desembarcar nas estações Cardeal Arcorverde e Siqueira Campos. A Linha 2 vai da Pavuna a Botafogo. As viagens de ida vão de 12h às 19h.

As estações Botafogo e Cardeal Arcoverde estarão fechadas para embarque. Quem desejar sair de Copacabana terá como opção a estação Siqueira Campos.

As viagens de retorno acontecerão entre 19h e 5h do dia seguinte, somente as estações Siqueira Campos, Cardeal Arcoverde e Botafogo estarão abertas para embarque. No período da volta, as outras estações estarão abertas somente para desembarque.

O serviço Metrô Na Superfície e as linhas de integração encerrarão a venda de cartões e bilhetes às 11h e interromperão a circulação às 12h.

Nos dias 23, 24, 27 e 28 de julho, a operação será normal, com todas as estações do sistema abertas e uso de todos os tipos de cartões (pré-pago, unitário e Riocard e Cartão Peregrino).
O cartão especial está à venda, até quarta-feira (17), das 9h às 21h, em 11 estações: Pavuna, Del Castilho, Maracanã, Saens Peña, Praça Onze, Central, Carioca, Glória, Flamengo, Botafogo e Siqueira Campos. E do dia 18 ao dia 24, apenas nas estações Pavuna, Maracanã, Praça Onze, Central, Carioca e Glória. Para deslocamentos para Copacabana, durante a JMJ só serão aceitos os cartões especiais.

Os passageiros com direito a gratuidade (pessoas com deficiência e maiores de 65 anos), terão, à sua disposição, 13 mil bilhetes especiais. Serão sete mil para a ida (divididos pelas faixas de horário) e seis mil para as viagens de volta. O passageiro deverá comparecer a uma das bilheterias especiais e comprovar que tem direito ao bilhete da gratuidade. A reserva de cartões para quem mora fora do Rio pode ser feita pelo site do metrô, até sexta-feira (19).

SUPERVIA 
A SuperVia já trabalha com a venda antecipada de bilhetes em todas as estações, por meio do cartão Multipass (pré-pago), que permite a inclusão de todas as passagens que serão utilizadas durante a Jornada Mundial da Juventude. A concessionária disponibilizará trens extras para atender a demanda de passageiros durante o evento. Segue a programação que será oferecida pela concessionária durante a Jornada:

Terça-feira (23) - Viagens adicionais, entre 22h e 1h, com partida da Central do Brasil para todos os ramais em função da Missa de Abertura, em Copacabana.
Quarta-feira (24) - Grade normal de dias úteis.
Quinta-feira (25) - Funcionamento 24 horas em função da Acolhida ao Papa.
Sexta-feira (26) - Funcionamento 24 horas em função da Via Sacra.
Sábado (27) - Composições adicionais durante toda a operação comercial em função da Missa do Papa no Campo da Fé, em Guaratiba.
Domingo (28) - Composições adicionais durante toda a operação comercial. Serão 18 mil lugares adicionais, por hora, no ramal Santa Cruz em função da Missa do Papa no Campo da Fé, em Guaratiba. As composições sairão das estações Campo Grande e Santa Cruz, a partir das 14h30.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Governador quer verbas da União na Linha 3 do metrô

Fonte: O Globo

O governador Sérgio Cabral solicitará ao governo federal semana que vem investimentos diretos da União para a construção da Linha 3 do metrô, que ligará Niterói a Itaboraí, passando por São Gonçalo, uma velha promessa para melhorar os transportes da Região Metropolitana do Rio. Durante evento no Palácio Guanabara ontem, ele anunciou que fará o pedido em reunião, na segunda-feira, com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Segundo Cabral, no encontro ele apresentará um projeto diferente do original, substituindo o metrô tradicional provavelmente por um monotrilho. Com isso, disse, o custo da obra cairia de aproximadamente R$ 4 bilhões para cerca de R$ 2,5 bilhões a R$ 2,8 bilhões.

— Vou pedir tudo (o valor na íntegra) ao governo federal — disse Cabral.
No fim do mês passado, em resposta às manifestações que tomaram o país nas últimas semanas, a presidente Dilma Rousseff prometeu R$ 50 bilhões para resolver gargalos de mobilidade urbana nas metrópoles brasileiras.

Sobre os transportes, tema estopim dos protestos, Cabral citou investimentos que estão sendo feitos pelo governo do estado, como a construção da Linha 4 do metrô e a renovação da frota de trens da SuperVia. E ressaltou que o pedido ao governo federal será de aplicação direta de recursos do Orçamento Geral da União na obra da Linha 3, e não em forma de financiamento.

— Financiamento eu pago — afirmou ele, para depois fazer uma referência ao pronunciamento da presidente, no auge das passeatas, em que ela disse que o dinheiro do governo federal gasto com as arenas de futebol para a Copa do Mundo era fruto de financiamento e que seria devidamente pago pelas empresas e governos que exploram os estádios. — (Essa lógica) vale para o Maracanã. Mas vale também para o metrô, a SuperVia e as barcas.

Governador critica juros

No mesmo evento, Cabral defendeu a redução das dívidas pagas pelos estados à União. O governador disse serem “absurdos” os juros pagos. Apenas este ano, o Rio vai desembolsar R$ 7 bilhões à União, afirmou ele, acrescentando que melhores condições para saldar essas dívidas dariam mais capacidade de investimento aos estados.

As declarações foram dadas após ele ser perguntado sobre o que poderia ser feito para atender às reivindicações que surgiram nos protestos no Rio. Sobre essas manifestações, ele afirmou que denúncias de possíveis abusos cometidos pela PM devem ser investigadas. Cabral lamentou ainda as dez mortes, no último dia 24, no Complexo da Maré, durante uma operação do Bope contra bandidos que tentavam se aproveitar de uma manifestação na Avenida Brasil para praticar assaltos. O conjunto de comunidades, reiterou, será o próximo a receber uma UPP.

Prefeitura muda projeto, e VLT irá para Rua Primeiro de Março

Fonte: O Globo

Foi elaborado nesta quinta-feira o novo traçado de mobilidade urbana para vias importantes do Centro. A ideia é inverter a implementação de um BRT e um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Avenida Rio Branco e na Rua Primeiro de Março. O projeto inicial, apresentado por Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, em encontro com arquitetos e urbanistas no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), no mês passado, propunha que um BRT cortasse a Rua Primeiro de Março, e que a Avenida Rio Branco fosse contemplada com um VLT.

Durante o debate, a crítica ao projeto foi unânime. Para os arquitetos, não fazia sentido que um BRT passasse por uma rua histórica, repleta de joias arquitetônicas e de calçadas estreitas. Já a Avenida Rio Branco, uma via expressa, com largas calçadas e prédios de pouca importância arquitetônica, seria a rua ideal para receber um BRT, em vez de um VLT. Dois dias após o debate no IAB, a prefeitura já havia declarado a intenção de inverter o projeto, atendendo a críticas dos arquitetos.

— Começamos a analisar e vimos que, mais do que possível, era uma possibilidade excelente, porque passa a ter o VLT, o bonde moderno, na Primeiro de Março, uma rua histórica, o que fica absolutamente compatível. Por outro lado, o BRT, por seu porte, é mais compatível com a Rio Branco. Então temos um ótimo resultado. Foi importante ter aberto essa discussão. O desafio da prefeitura é que a gente promova integração entre diferentes disciplinas, começando a enxergar um projeto por várias óticas. O objetivo era pegar contribuições, e quem ganhou foi a cidade — explicou Fajardo.

Um dos benefícios da implantação de um VLT na Rua Primeiro de Março é repensar o Centro do Rio para além dos dias úteis, quando há grande fluxo de pessoas nessa área. Para Fajardo, um ganho importante é a criação de uma opção de transporte com apelo turístico:

— Durante a semana, o VLT resolve uma mobilidade interna e traz esse novo atrativo cultural e turístico para o Centro, principalmente no final de semana. Quando se fala de projetos urbanos, não existe melhor projeto, é questão de premissa. O desenho anterior era mais funcional, mas, quando tratamos da cidade, nem sempre a funcionalidade é o fator mais importante.

Para Sérgio Magalhães, presidente do IAB, o debate entre governo municipal e especialistas é benéfico e trouxe bons frutos:

— É saudável e positiva a mudança. O debate ocorreu justamente com o objetivo de dar uma contribuição e discutir o melhor para a cidade.

Colisão entre trem da SuperVia e ônibus deixa ao menos 18 feridos

Fonte: O Globo 

Um ônibus e um trem da SuperVia se envolveram em um acidente na manhã desta sexta-feira em Deodoro, na Zona Norte da cidade. De acordo com os bombeiros, pelo menos 18 pessoas ficaram feridas. A SuperVia informou que o coletivo acessou indevidamente uma passagem de nível próximo a uma oficina da concessionária. O Corpo de Bombeiros e o Núcleo de Policiamento Ferroviário (NPFer) foram acionados para prestar atendimento às vítimas. Segundo a empresa, a passagem de nível está regularizada e sinalizada.

A Agetransp, agência que regula os transportes no estado, informou, em nota, que abriu boletim de ocorrência para apurar o incidente. Segundo a agência, o acidente aconteceu por volta de 11h40m. A Agetransp disse que a grade de horário da SuperVia não sofreu alterações, porque o incidente ocorreu na linha auxiliar do ramal de Belford Roxo. Mais cedo, por volta das 4h15m, uma avaria numa composição no ramal de Santa Cruz fez com que passageiros descessem na via e caminhassem de volta até a estação Tancredo Neves para aguardar por outro trem. A Agetransp também informou em nota, que abriu boletim para apurar o incidente na saída da estação.

A circulação já foi normalizada.