segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Metrô: Alívio chinês no fim de 2011








A previsão para os passageiros da Linha 2 é a de uma viagem com temperatura amena, a 23C, com livre circulação de ar e de usuários por toda a composição. No papel, o projeto dos 19 novos trens encomendados pelo Metrô Rio à chinesa Changchun Railway Vehicles (CNR) impressiona. Cada um terá seis vagões (totalizando uma compra de 114 carros), com um sistema de ar-condicionado 33% mais potente do que o atual capaz de manter a refrigeração com as portas abertas e — mais importante — suportar e resolver um problema crônico que se arrasta desde a inauguração do trajeto, em 1981: o do calor provocado pela incidência do sol sobre a lataria.

Dos 600 mil passageiros do metrô, 143 mil viajam pela Linha 2 — cujos trens não têm ar-condicionado projetado para tolerar a violência dos raios solares na superfície. A solução, porém, chegará 30 anos depois, no fim de 2011, quando o primeiro "dragão" desembarcar no Rio.

Os novos trens serão de aço inoxidável, com duas faixas negras e ar futurista. Cada um a US$ 1,3 milhão. Só a refrigeração vale US$ 200 mil — dando uma dimensão do desafio para acabar com o calorão interno. O investimento total é de US$ 148,2 milhões.

Circulação entre vagões

Os trens podem levar 1.800 pessoas com liberdade para circular entre os carros. Os vagões não terão portas divisórias, sendo ligados por um corredor, permitindo que o usuário enxergue toda a composição sem se sentir confinado em um ambiente fechado.

A sensação de espaço também será maior no vagão. Para facilitar a circulação interna, os assentos de fibra serão longitudinais, isto é, paralelos ao corredor, seguindo uma tendência mundial, liberando mais lugares para quem viajar em pé.

Escolha pela internet

Além disso, haverá um toque do próprio usuário na decoração. O Metrô Rio realizará um concurso em setembro, pela internet, para que o público escolha a cor dos bancos: azul; inox, com divisórias vermelhas; e inox e azul, com divisões verdes. Os trens terão ainda um quê multinacional, com refrigeração da Sigma Coachair (Austrália), motor da Melco (Japão), carroceria da CNR e design francês.

Gigante ferroviário

Instalada no nordeste da China, a 700 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte, a CNR foi indicada ao Metrô Rio pelo Mass Transit Railway (MTR), de Hong Kong, considerado o melhor operador desse tipo de transporte do mundo. A grandiosidade da fábrica chinesa é espantosa. Enquanto a brasileira Embraer possui 54.607 metros quadrados de área construída, ela conta com 1,75 milhão de metros quadrados. A capacidade de produção é de 2.500 trens por ano. Para isso, a CNR tem 10 mil empregados, sendo 2 mil engenheiros.

— Fornecemos 97% dos trens comprados para as Olimpíadas de Pequim, em 2008 — gaba-se o gerente-geral Lu Xiwei. — Temos encomendas da Austrália, do Paquistão, do Irã e de Hong Kong, inclusive do trem-bala para Xangai.

— Ampliamos a fábrica e pretendemos participar do projeto do trem-bala brasileiro — revela o diretor de marketing da CNR, Zhang Peng.

O projeto do Metrô Rio tem 700 páginas e é supervisionado pelo MTR, contratado por US$ 10 milhões para assessorar os cariocas. Pelo cronograma, os testes de 10 mil quilômetros com a primeira composição começarão em outubro de 2011, numa pista construída especialmente para a encomenda brasileira.

Estado canibalizou 88 vagões

Com a compra dos 114 vagões, o Metrô Rio aumentará sua frota em 63%. Quando todos estiverem circulando, o tempo de espera será de dois minutos, segundo a concessionária, no trecho entre a Central do Brasil e Botafogo. Uma curiosidade histórica, no entanto, mostra que todo o drama enfrentado pelos cariocas poderia ter sido evitado.

Pelo contrato firmado pelo governo estadual com a Mafersa, em 1975, deveriam ter sido construídos 270 vagões. Mas só 136 foram feitos até 1998. Neste ano, o governo recuperou peças e, hoje, o Metrô Rio opera com 182. Assim, 88 foram canibalizados para $o sistema entre 1979 e 1998, ano da privatização.

Enquanto os trens chineses não chegam, os passageiros da Linha 2 conviverão com os atuais. O presidente do Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, espera que o calor nos vagões seja amenizado neste verão, com a reforma do sistema de refrigeração.

— Contratamos uma consultoria para isso porque esses trens nunca foram projetados para isso. Mais de um terço da frota já teve o sistema de refrigeração trocado para um mais potente, semelhante ao dos novos trens. Gastamos R$ 20 milhões nesse projeto. Até outubro, essa revisão deve estar concluída — diz.

Após a entrega dos 19 trens, o Metrô Rio tem a opção de compra para outros 19 pelo mesmo preço: US$ 1,3 milhão por vagão. Se a segunda encomenda for confirmada, essa leva reforçará a Linha 1, com vistas à sua ampliação para a Barra da Tijuca.

sábado, 28 de agosto de 2010

Trem: Bandidos sequestraram locomotiva da Supervia e obrigaram maquinista a seguir para favela

Fonte: O Globo

Pelo menos dez homens armados com pistolas, metralhadoras e escopetas invadiram, às 4h15m do último domingo, o pátio de manobras da SuperVia em Deodoro, na Zona Norte do Rio, e sequestraram uma locomotiva, obrigando os maquinistas a seguirem para a Favela do Muquiço, em Guadalupe, onde saltaram. A denúncia do sequestro da composição foi feita, nesta sexta-feira, à rádio CBN, pelo presidente do Sindicato dos Ferroviários, Walmir Lemos, o Índio. Após a entrevista, ele não foi mais encontrado. Outros sindicalistas confirmaram a denúncia.

A SuperVia não quis dar detalhes do caso, que está sendo investigado pela 33ª DP (Realengo). A delegacia, por sua vez, informou que tinha determinação da Secretaria de Segurança Pública para não dar informações sobre o crime.

Segundo a empresa, o trecho que a locomotiva percorreu não é usado comercialmente, sendo percorrido apenas por trens em manutenção ou que prestam socorro a outras composições.

Há duas versões para o crime. A primeira é que o grupo que sequestrou a locomotiva era de traficantes rivais aos da Favela do Muquiço. O objetivo da quadrilha seria chegar à comunidade pelos fundos, na localidade conhecida como Reta de Honório, para dominar as bocas de fumo da região. A outra versão é que traficantes do Muquiço estavam voltando para a favela, depois de passarem por Deodoro.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Trem: Nilópolis ganha trem especial

Fonte: O Dia

A população de Nilópolis vai contar de novo com trens partindo da estação do município em direção à Central do Brasil. A SuperVia vai colocar trens especiais no ramal a partir do dia 17. No mesmo dia, a empresa também anunciará as obras da nova estação de trem, que vai ganhar um shopping com 46 lojas, praça de alimentação, banheiros e conexão para dois terminais rodoferroviários fazendo integração trem-ônibus.

Circularão dois trens, com oito vagões cada, e capacidade total para 4 mil passageiros, às 6h56 e às 8h02. As viagens vão durar em torno de 45 minutos. A estação de Nilópolis registra em média o embarque diário de 10 mil passageiros, que usam o ramal de Japeri.

A retomada das viagens partindo da cidade acontece um ano e oito meses após um raio incendiar e destruir a subestação de energia local, que funcionava em um vagão de trem. A nova subestação, que custou R$ 5 milhões, dispõe de microprocessadores com informações digitalizadas para o funcionamento do sistema, mesmo que haja um problema qualquer no circuito da rede.

Moradora no Centro de Nilópolis, a auxiliar de manutenção Michele Pereira de Oliveira, 27 anos, gostou da notícia, lembrando que às vezes não consegue embarcar nos trens do ramal de Japeri por causa da superlotação dos vagões. “Agora vou poder viajar sentada e com conforto. Essa ideia já deveria ter sido coloca em prática há mais tempo”, disse.

Para o prefeito Sérgio Sessim, o projeto da SuperVia é um presente de aniversário que Nilópolis ganha no mês em que completa 63 anos de idade. “A volta do trem especial e a construção da nova estação são investimentos que proporcionar mais conforto e agilidade aos passageiros”, comentou.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Metro Rio quer inaugurar estação Cidade Nova em outubro

Fonte: Extra

A concessionária Metro Rio pretende inaugurar, em outubro, a estação de metrô da Cidade Nova, na Avenida Presidente Vargas. O projeto inclui uma passarela de acesso, que ligará a sede da prefeitura à estação. A passarela cruza a Avenida Presidente Vargas.

A previsão de conclusão das obras já foi adiada duas vezes. Em dezembro, quando inaugurou a ligação Pavuna-Botafogo, a empresa anunciou que a estação ficaria pronta em fevereiro deste ano. Nova previsão foi dada depois para junho.

A obra é assinada pelo escritório JBMC — o mesmo que assinou o design das estações Cardeal Arco Verde, Siqueira Campos e Cantagalo, em Copacabana.

A concessionária pretende ainda urbanizar toda a região do entorno da estação. A empresa informou que a empresa também vai construir um jardim e uma praça no local para a população.

A estação está sendo preparada para permitir a futura ligação com a Rodoviária Novo Rio e com a Estação da Leopoldina, possível terminal de trem de alta velocidade (TAV), que ligará o Rio a São Paulo.

Obras em passarela avançam / Foto: Cléber Júnior


Estação quase pronta / Foto: Cléber Júnior


Estação do metrô Cidade Nova / Foto: Cleber Júnior




Região da estação de metrô Cidade Nova será urbanizada

Fonte: O Globo

RIO - A região do entorno da estação de metrô Cidade Nova, na Avenida Presidente Vargas, será urbanizada pela concessionária Metrô Rio. Além da estação e de uma passarela de acesso - que já estão em construção - a área ganhará, também, um jardim e uma praça para a população. A empresa investirá no total R$ 80 milhões, incluindo a urbanização, as obras do metrô e da passarela.

A nova estação deve ser inaugurada em outubro, quando todo o complexo estiver pronto, em perfeita condição de funcionamento e atendimento ao público. Ela já está sendo preparada para permitir a futura ligação com a Rodoviária Novo Rio e com a Estação da Leopoldina, possível terminal do trem de alta velocidade (TAV) que ligará o Rio a São Paulo.

A passarela que liga a Prefeitura à nova estação teve sua obra prolongada a pedido da prefeitura, a fim de reduzir o impacto no trânsito da Avenida Presidente Vargas, que precisaria ser interditada em vários horários para a instalação de cinco elevadores de acesso para deficientes e pessoas com dificuldade de locomoção. Com o novo cronograma, as interdições na via acontecerão na maioria das vezes de madrugada, sem prejudicar o tráfego de carros e ônibus durante o dia.

Trem: Colisão entre dois trens da Supervia deixa duas pessoas feridas

Fonte: JB

Um trem que saiu da estação Central do Brasil para Santa Cruz colidiu, em baixa velocidade, outro trem sem passageiros, que estava estacionado à frente na manhã desta segunda-feira, dia 09. Por causa da freada brusca, duas pessoas que estavam na composição ficaram levemente feridas, receberam os primeiros socorros e foram encaminhadas ao atendimento do SAMU.

A empresa já iniciou o procedimento para apuração das causas da ocorrência. A circulação em todos os ramais não foi alterada.

Acidente de trem deixa dois passageiros feridos na Central do Brasil
Fonte: O Dia

Bombeiros foram deslocados para socorrer passageiros de um trem envolvido em um acidente na altura da Central do Brasil, na manhã desta segunda-feira. Duas pessoas ficaram feridas na batida. O trem saía da Central, por volta de 9h, com destino a Santa Cruz e teria freado bruscamente, pouco depois da partida, e a poucos metros da estação. Alguns passageiros bateram com a cabeça e outros tiveram crise nervosa.



Em nota, a SuperVia informou "que às 9h16min, um trem que saiu da estação Central do Brasil para Santa Cruz bateu, em baixa velocidade, em outro trem sem passageiros, que estava estacionado à frente".

A concessionária também esclareceu que os técnicos e agentes da Supervia foram para o local e conduziram os passageiros para a plataforma. Duas pessoas, levemente feridas, que estavam na composição, receberam os primeiros socorros e foram encaminhadas ao atendimento do SAMU. A empresa já iniciou o procedimento para apuração das causas da ocorrência. A circulação em todos os ramais não foi alterada.

Trem: Estação subterrânea para unir Madureira

Fonte: O Dia

Um dos bairros mais tradicionais do subúrbio está perto de se tornar pioneiro em ousado projeto ferroviário. Em parceria com a SuperVia, a Prefeitura do Rio estuda fazer da atual Estação Madureira, por onde circulam mais de 22 mil usuários todo dia, uma passagem subterrânea. O local tem a segunda maior movimentação entre todos os terminais de trens do Rio, perdendo apenas para a Central do Brasil. A intervenção seria realizada num trecho de dois quilômetros, com o objetivo principal de integrar os dois lados do bairro, cujos cerca de 60 mil moradores são hoje divididos pela linha férrea.



A estimativa é que as obras durem dois anos a partir da aprovação da planta. O projeto já foi apresentado às diversas lideranças comunitárias do bairro, numa reunião realizada há dois meses. Naquela ocasião, o então diretor de Marketing da SuperVia, José Carlos Leitão, admitiu se tratar de uma grande revolução no sistema ferroviário.

No local onde funciona hoje a Estação Madureira seria construída a ‘Praça do Conhecimento’, projeto de LAN house pública da Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia, além de outras opções de lazer e área verde. Os viadutos que hoje em dia são utilizados para interligar os dois lados do bairro seriam demolidos. “Dentro da estação subterrânea, segundo o atual projeto, construiríamos lojas”, adiantou o então diretor José Carlos Leitão.

A prefeitura cogitou levantar grande shopping no terreno da estação, mas a decisão poderia comprometer diretamente os lucros do atual comércio existente no bairro. Por isso, a ideia já foi praticamente descartada. Para o subprefeito da Zona Norte, André Luiz dos Santos, a obra representaria o fim de uma mutilação. “Os bairros que são cortados por uma linha de trem acabam sofrendo muito. Esse contato entre os dois lados de Madureira vai permitir um crescimento homogêneo em todas as esferas”, opina André Luiz.

Desapropriações

Estima-se que, para realizar a obra, seriam necessárias 150 desapropriações em dois quarteirões da Rua João Vicente, paralela à linha férrea. O valor do projeto não foi divulgado, mas existe a possibilidade de a prefeitura fixar parcerias com investidores estrangeiros. Numa segunda etapa, o mesmo plano seria levado para o Méier, como confirmou na última sexta-feira o administrador regional do bairro, Reynaldo Velloso, já animado com a possibilidade. “Nasci e cresci no Méier. Seria um projeto com consequências maravilhosas para nossos moradores”, destacou.

Quem circula diariamente pela região de Madureira aprovou a possível mudança. “O trem é um transporte de massa como metrô ou ônibus, mas nunca recebeu os mesmos investimentos. Acho muito positiva a ideia. Tomara que seja um projeto que não fique esquecido na mesa das autoridades, mas, sim, executado o mais breve possível”, opina o agente de saúde Antônio de Souza, 43.

Por meio de nota, a SuperVia ressaltou que presta total apoio às intervenções que visam a melhorar a qualidade de vida da população e o serviço ferroviário de passageiros na Região Metropolitana do Rio.

Vila das Torres começa a ser retirada

Mais de 400 famílias já foram removidas da Vila das Torres, em Madureira, e realocadas em unidades habitacionais de diversos pontos pelo programa federal ‘Minha Casa, Minha Vida’, segundo o subprefeito da Zona Norte, André Luiz dos Santos. No local, adquirido da Light pela prefeitura por R$ 20 milhões em novembro, será erguido o Parque de Madureira, com pistas para corridas, quadras poliesportivas, lagos e a LAN house pública da Praça do Conhecimento, que também terá biblioteca. O espaço será arborizado, o que reduziria a temperatura do bairro em até cinco graus.

“A obra vai atrair, em média, 1 milhão de pessoas por fim de semana, além de um ganho na qualidade de vida dos moradores para os próximos 100 anos”, frisou André. O terreno de 112.942 mil m² será transformado na 2ª maior área de lazer a céu aberto da cidade, só perdendo para o Aterro do Flamengo. Até o fim do ano, 833 residências terão sido derrubadas. A Secretaria de Obras informou que as intervenções devem ser iniciadas já em janeiro. Enquanto isso, a Light realiza a retirada das torres.

Associação comercial cobra conservação

O secretário-geral da Associação Comercial de Madureira, Gilberto Marçal, morador de Madureira desde 1950, aguarda a concretização dos projetos anunciados, mas, receoso, cobra atenção à manutenção do bairro. “A conservação é tão importante quanto o investimento nas obras.

As gestões anteriores fizeram o programa Rio Cidade I e II aqui, mas não investiram em manutenção. Por isso, temo que o mesmo ocorra com obras tão sofisticadas como a nova estação e o parque”, explica, adiantando que a associação vai lutar para levar a 6ª Inspetoria da Guarda Municipal, no Viaduto Negrão de Lima, para dentro do novo espaço: “Esperamos, assim, garantir segurança 24h no local”.

Os usuários dos trens do Rio compartilham da mesma preocupação. Enquanto esperava uma composição do ramal de Deodoro na Estação Madureira, o balconista Francisco Ribeiro, 36, cobra conservação por parte dos órgãos responsáveis e também dos passageiros. “Falta educação e respeito das duas partes. O usuário do metrô não joga papel no chão, por exemplo. No entanto, a limpeza é muito maior”, disparou.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Metrô: Marcação cerrada no Peixe

Fonte: O Dia

Acostumado a enfrentar a marcação cerrada dos zagueiros em campo, o ex-jogador Romário não conseguiu driblar a superlotação do metrô do Rio, onde nunca tinha viajado. Candidato a deputado federal pelo PSB, o Baixinho foi ontem da Carioca à Pavuna fazendo corpo a corpo com os passageiros durante 48 minutos. Mas o Peixe, que está acostumado com o conforto de carrões de luxo, parecia mais uma sardinha enlatada.



“Isso aqui está muito cheio! Não imaginei que ficasse tão apertado assim”, reclamou Romário, que, logo na chegada à Carioca, teve que mostrar habilidade para furar a retranca dos seguranças. Com jeitinho, conseguiu embarcar com cabos eleitorais e até distribuiu santinhos para os agentes. Em troca da cortesia, poses para fotos.

Antes do embarque, o candidato estava tenso. “Soube que tem tido muitos problemas aqui no metrô. Mas, se Deus quiser, hoje vai dar tudo certo”, torcia Romário, que não conseguiu esconder o desconforto.

Assediado pelos passageiros, que não paravam de pedir para tirar fotos com celulares, a cada estação deixada para trás, ele perguntava quantas ainda faltavam para chegar ao ponto final.

“Está achando apertado? Você ainda deu sorte, porque hoje não está tão cheio e o ar-condicionado está funcionando”, disparou o passageiro Valdecir Dias, 51 anos, que aprovou a iniciativa de Romário.

“Gostei de vê-lo aqui. Quer representar o povo? Tem que conhecer nossas dificuldades”, destacou a passageira Clara Beltrão, 48 anos.

No trajeto, o Baixinho ficou o tempo todo em pé. Autor da frase “mal entrou no ônibus, já quer sentar na janela”, uma referência ao ex-técnico do Fluminense, Alexandre Gama, Romário admitiu: “Seria o ideal (estar na janela), mas isso aqui está tão cheio que não consigo chegar até ela”, brincou.

Na Pavuna, Romário andou até a rodoviária do bairro. Depois, voltou para casa. De carro.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Metrô: entrega do metrô Barra-Zona Sul antes das Olimpíadas só com verba em caixa, dizem especialistas

Fonte: O Globo

O compromisso de entregar as obras de expansão do metrô da Zona Sul à Barra da Tijuca antes dos Jogos Olímpicos de 2016, firmado pelo governo do estado com o Comitê Olímpico Internacional (COI), tem prazo muito apertado, na avaliação de especialistas consultados pelo GLOBO. Para o engenheiro de transportes da UFRJ Geovani Manso, a promessa do estado de entregar as obras até dezembro de 2015 demonstra "falta de conhecimento técnico". Ele disse que o prazo para construção de duas estações de metrô leva, em média, oito anos.

- Sinceramente, desconheço a tecnologia que permita a conclusão de uma obra desse porte num período tão curto. Se a obra começasse hoje, levaria ainda oito anos para ficar pronta - afirmou.

O arquiteto e urbanista e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner concorda que o prazo de entrega das obras é apertado, mas acha que é possível cumpri-lo.

- É possível fazer, mesmo com o prazo apertado, desde que os projetos estejam prontos e os recursos à disposição - disse, ponderando que, no caso do metrô até a Barra, a data de entrega das obras deixa de ser importante. - O relevante mesmo serão os benefícios que a população vai receber em termos de mobilidade e deslocamento na cidade.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do governador Sergio Cabral argumentou que o paradigma de que o estado não cumpre prazo já foi "quebrado", tendo em vista a conclusão da estação General Osório, entregue no cronograma previsto de três anos.

domingo, 1 de agosto de 2010

VLT: Macaé larga na frente e ganhará VLT em 2011

Fonte: O Globo

De Princesinha do Atlântico à capital nacional do petróleo, Macaé será a primeira cidade do estado a contar com um sistema de metrô de superfície, um VLT (veículo leve sobre trilhos), previsto para entrar em operação no fim de 2011. A iniciativa em Macaé ocorre anos à frente do Rio, que deverá ganhar um VLT para circular pelo Centro, na segunda fase do projeto Porto Maravilha, a tempo dos Jogos Olímpicos de 2016. A escolha do opera$do serviço carioca será alvo de uma licitação da prefeitura ainda sem data.

O VLT macaense ligará os bairros Lagomar a Imboassica, num total de 25km de extensão. Inicialmente serão construídas seis estações e cada composição terá capacidade para transportar até 660 passageiros por viagem. Inicialmente, o sistema será operado pela Central (antiga Flumitrens), do governo do estado.

Pelos cálculos da prefeitura, o VLT vai beneficiar mais de seis mil pessoas por dia, interligando todo o perímetro urbano da cidade, que sofreu uma $ão demográfica devido à indústria do petróleo. O percurso, de ponta a ponta, hoje é coberto em 70 minutos em ônibus convencionais. Com o VLT, o tempo de viagem cai para meia hora. As composições do VLT vão substituir por hora o equivalente a 8,25 ônibus.

- A ideia é ampliar o projeto, num segundo momento, para um transporte regional integrado por meio da linha férrea, ligando Macaé a Rio das Ostras pelo sul e a Campos, passando por Carapebus e Quissamã, pelo norte - disse o prefeito de Macaé, Riverton Mussi.

Metrô: Cabral enfatiza que estudo da FGV é só sobre a 2ª etapa das obras; propostas de associações de moradores estão fora de análise técnica

Fonte: O Globo

O governador Sérgio Cabral enfatizou neste sábado que o estudo contratado à Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a expansão do metrô até a Barra refere-se apenas ao trecho entre a Gávea e a Praça General Osório, em Ipanema. Esse trecho, segundo o governo do estado, é uma segunda etapa das obras iniciadas em março, com escavações no Maciço da Tijuca. Segundo Cabral, as obras da Linha 4, entre o Jardim Oceânico, na Barra, e a Gávea, têm projeto executivo e licenciamento ambiental, e podem ser tocadas junto com o estudo da FGV sobre o trecho Gávea-Ipanema. O trecho em análise pela FGV deverá ser implantado como uma expansão da Linha 1 e se encontraria com a Linha 4 na Gávea.

- Jamais no meu governo eu começaria uma obra sem projeto - disse Cabral durante uma caminhada pela Saara, cumprindo agenda de campanha.

O governo estadual argumentou que, por ser uma obra de grande porte, a implantação do metrô costuma ser feita por etapas, dando prazo mais largo de trabalho no detalhamento de novos trechos.

Em nota, o estado descartou a possibilidade de o estudo da FGV levar em conta uma proposta que vem sendo discutida por associações de moradores da Zona Sul e da Barra, num grupo batizado de "O metrô que o Rio precisa". Conforme O GLOBO mostrou neste sábado , as associações defendem que, na Barra, o metrô seja estendido ao Terminal Alvorada (com estações nas imediações do Canal de Marapendi e do condomínio Nova Ipanema) e, a partir da Gávea, que o trajeto siga por Humaitá, Botafogo, Laranjeiras e Centro (terminando na Estação Carioca). Segundo o estado, no entanto, nada impede que, no futuro, os trechos sejam contemplados.

O início das obras da Linha 4 sem detalhamentos de estudos sobre a expansão da Linha 1, contudo, foi criticado por parlamentares e especialistas. Vice-governador na gestão de Marcelo Alencar (1995-98), quando foi feita a concorrência original da Linha 4, ligando a Barra a Botafogo, o deputado estadual Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB) disse achar temerário que o estado tenha iniciado as escavações sem que todos os estudos e projetos estejam concluídos.

- Eu acho o trajeto pela Zona Sul viável e não sou contra o metrô para a Barra. Mas é preciso ter clareza de custos, de quantas pessoas irão usar essa linha e qual é o impacto ambiental disso. Metrô se viabiliza com gente entrando e saindo da estação. Inverteram as coisas - criticou.

Já o engenheiro de transportes Fernando McDowel, que coordenou a implantação da Linhas 1 e 2 do metrô, diz que o estudo da FGV deveria contemplar a demanda e a operação não apenas do trajeto proposto pelo estado, mas também do traçado original da Linha 4 (Botafogo-Jardim Oceânico).

- É preciso saber a melhor solução entre as duas linhas. Mesmo porque a demanda do trecho Zona Sul já foi contabilizada por mim no ano passado, num estudo encomendado pelo governo federal. E chegamos ao número de cerca de 183 mil pessoas por dia a mais no metrô, se ele passar pela Zona Sul.

Segundo o estado, a ligação Gávea-Botafogo atenderia 110 mil pessoas por dia, enquanto a alteração do traçado para Gávea-General Osório ampliaria o uso do metrô para 230 mil pessoas por dia.