sábado, 30 de janeiro de 2010

Metrô: Vagão se solta, e metrô para de novo

Fonte: Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - O usuário da Linha 2 do metrô, mais uma vez, enfrentou problemas na volta para casa, na sexta-feira. Por conta de um vagão que desacoplou-se da composição, o tráfego foi interrompido no fim da tarde, na altura de Triagem. Em alguns trechos, a paralisação chegou a 50 minutos.

Por conta do problema, estações da Linha 1 ficaram lotadas. Passageiros que esperavam a regularização do tráfego se acumularam nas plataformas, misturados aos usuários da Linha 1, que continuou operando, mas com intervalos irregulares.

As estações de Botafogo à Central do Brasil, que operam com as duas linhas, foram as que mais encheram. Mesmo os passageiros da Linha 1 tiveram dificuldades para entrar nos trens, que passavam lotados.

O presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro, Rubens Pinto Foligno, creditou o ocorrido às falhas na manutenção dos trens por parte da Metrô Rio.

– É muito raro um vagão desacoplar-se da composição. Certamente, o problema aconteceu por conta da filosofia de manutenção da concessionária, que prefere remediar em vez de adotar medidas preventivas. Ela só conserta depois de estragado. O engate é parrudo, muito sólido, só soltou porque o tempo o desgastou – analisa.

Segundo a concessionária Metrô Rio, quando o trem desengatou da composição, a Linha 1 ficou aberta, operando com intervalos irregulares. Até as 17h30, o tráfego na Linha 2 restrito aos trechos Botafogo/Maracanã e Maria da Graça/Pavuna. Depois que o trem que obstruía o tráfego foi retirado da plataforma, às 17h30, o tráfego de trens na Linha 2 foi restabelecido completamente, com trens circulando em todos os trechos. Depois do ocorrido os trens circularam nas duas linhas com intervalos irregulares, na média de 8 minutos.

Para Foligno, a pressa em colocar a Linha 1A em funcionamento, foi um dos fatores que contribuíram para o incidente.

– Na verdade, é um somatório de fatores. O funcionamento da Linha 1A é precário, ela ainda não está pronta para receber os trens. A composição tem de frear e acelerar diversas vezes durante o novo percurso, o que também é prejudicial. Sem falar que a frota está velha.

Através de nota, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp), disse que seu conselheiro presidente, Luiz Antonio Laranjeira Barbosa, ordenou a abertura de processo regulatório referente ao incidente de “Nesta sexta-feira na estação Triagem do Metrô onde um carro desengatou do outro na composição de passageiros”.

No mesmo comunicado, a Agetransp informa que enviou uma equipe técnica para averiguar o fato e fez contatos com a Metrô Rio para que a Linha 2 voltasse a operar.

O Metrô Rio informou, através de nota que, “um defeito mecânico no engate de trem que partia da plataforma de Triagem no sentido Pavuna provocou o desacoplamento do último carro da composição. O sistema de segurança agiu imediatamente impedindo que o trem partisse da plataforma. Ninguém se feriu”.

Metrô: Vagões se separam e metrô para

Fonte: O Dia

Rio - O último vagão de uma composição do metrô se desprendeu dos demais no momento em que o trem partia da Estação Triagem, às 16h40 de ontem. O sistema chegou a parar e, até as 17h30, as composições só circularam em dois trechos da Linha 2: entre as estações Botafogo e Maracanã e entre Maria de Graça e Pavuna.
Houve tumulto nas plataformas e um princípio de quebra-quebra em Thomaz Coelho, onde uma lixeira foi danificada. Na Estação Maracanã, policiais do 6º BPM (Tijuca) chegaram a tempo de conter os ânimos. O episódio não deixou feridos, mas é mais um na longa lista de queixas de usuários do sistema metroviário.

O Metrô Rio informou que houve defeito mecânico no engate do trem. Segundo a concessionária, isso nunca acontecera. A causa será investigada. “O sistema de segurança agiu imediatamente, impedindo que o trem partisse da plataforma. Os passageiros foram orientados a desembarcar e seguiram viagem em outro trem vazio enviado à estação”, amenizou a assessoria de imprensa.

Os trens circularam com intervalos irregulares, gerando tumulto nas plataformas. Diversas estações da Linha 2, como São Cristóvão, Maracanã e Triagem, foram fechadas, mas logo reabriram. Entre os passageiros, o sentimento era de revolta com a desinformações e a demora. Na estação de Thomaz Coelho, subúrbio do Rio, houve princípio de quebra-quebra por volta das 18h, quando os usuários que seguiam para Pavuna foram informados de que deveriam desembarcar.

Segundo usuários, a viagem foi confusa desde a Central, com muitas paradas para liberação da sinalização. Antônio Carlos Ribeiro, 41, embarcou na Saens Peña às 16h10 para ir até Irajá, mas às 18h30 ainda estava em Thomaz Coelho, tentando pegar um ônibus. “Na Central, uma funcionária do metrô disse que a Linha 2 estava parada por causa de tiroteio no Jacarezinho”, contou.

Molon entra com ação contra contrato prorrogado

Desde o ano passado, incidentes no metrô têm gerado insatisfação nos usuários. A integração entre as linhas 1 e 2, implantada no fim de 2009, é alvo de reclamações até hoje, com trens superlotados e intervalos longos e irregulares entre as partidas. Em dezembro, a quebra de veículo-tanque fechou três estações.

Quarta-feira, o deputado estadual Alessandro Molon deu entrada em ação popular para anular a prorrogação de contrato por mais 20 anos, concedido à concessionária pelo governo.

“O que aconteceu é mais um alerta de que a gestão do metrô e as decisões que foram tomadas, inclusive a integração das linhas 1 e 2, estão colocando as pessoas em risco e ferindo a reputação de um meio de transporte que sempre foi um orgulho para o Rio”, critica.

O deputado defende a realização da obra prevista no projeto original, pelo qual a Linha 2 iria do Estácio até a Carioca, onde haveria a baldeação, e chegaria até a Praça 15 para fazer a integração com barcas.

Ontem, o conselheiro-presidente da Agetransp, Luiz Antonio Laranjeira Barbosa, ordenou a abertura de processo regulatório referente ao incidente com o desengate. A Agetransp enviou uma equipe técnica para averiguar o ocorrido.

Metrô: Tem quebras, paralisa o serviço e atrasa, mais uma vez

Em São Cristóvão, houve tumulto. Passageiros irritados buscavam informações, mas os guardas evitavam entrar em detalhes. As portas foram fechadas e ninguém sabia ao certo o que tinha acontecido.

Disseram que o metrô enguiçou. Mas enguiçou como? E disseram que não tinham previsão quando seria consertado”, contou uma moça.

“Uma hora dizem que é tiroteio. Em outro momento dizem que todos os trens estão com problemas. E não dão informações para nós. Agora, estão anunciando que está normal, mas ainda não vi nada funcionar”, reclamou uma jovem.

“É a maior bagunça, o maior estorvo”, criticou um senhor.

A assessoria do metrô informou que o último vagão de uma composição desengatou, às 16h40 e que, por isso, o tráfego foi interrompido por 50 minutos.

No início da noite desta sexta-feira, segundo a empresa, o serviço opera de forma irregular, com intervalos que variam de sete a dez minutos.

Metrô: Vagão desacopla na estação de Triagem e paralisa parte da linha 2

Fonte: O Globo

RIO - O último vagão de uma composição se desprendeu das demais no momento em que um trem do metrô partia da estação Triagem, na Linha 2, às 16h40 desta sexta-feira. Ninguém ficou ferido. No entanto, todos os trens da linha 2 ficaram inoperantes por mais de 20 minutos. A estação de Triagem chegou a fechar, e as composições circularam em apenas dois trechos da linha 2: entre as estações Botafogo e Maracanã e entre os pontos Maria de Graça e Pavuna. O problema também causou reflexos na Linha 1.
(Estava no metrô na hora do problema. Conte para a gente)

O presidente do Sindicato dos Metroviários, Rubens Foligno, classificou como muito grave o incidente. Segundo ele, o problema é reflexo da falta de manutenção preventiva.

- Desacoplar é muito raro e mostra como a segurança deixou de ser uma prioridade para a empresa Metrô Rio - diz Foligno.

As estações Triagem e Thomaz Coelho, que também fechou por problema nas portas de uma outra composição, foram reabertas por volta das 19h. Os trens, porém, continuaram a registrar intervalos irregulares de em média 8 minutos. Em Thomaz Coelho, segundo passageiros, houve princípio de briga e uma lixeira foi quebrada por usuários insatisfeitos. Também houve registro de confusão na Central do Brasil e na Carioca, na Linha 1. Agentes do metrô precisaram controlar o acesso às plataformas, que ficaram superlotadas.

Segundo o leitor Antonio Alexandre Marques de Sá, o trem que teve o vagão desacoplado começou a apresentar problema no Maracanã.

"No Maracanã deu a primeira freada e fez um barulhão. Em triagem, o barulho e o solavanco foi pior. Arrebentou os fios e conexões. O vagão ficou preso apenas pelas finas molas", contou por e-mail.

De acordo com o Metrô Rio, os passageiros do vagão desacoplado foram orientados a desembarcar e seguiram viagem em outro trem vazio enviado à estação.

A concessionária informou ainda que a restrição do tráfego na Linha 2 durou até às 17h30, quando o trem com defeito foi retirado da plataforma e que o tráfego de trens na Linha 2 foi restabelecido completamente, com trens circulando em todos os trechos, apesar de testemunhas relatarem que a reabertura da estação Triagem aconteceu somente por volta das 19h.

A Agetransp, agência reguladora dos transportes públicos, vai investigar o incidente desta sexta-feira. Segundo a agência, equipe técnica foi ao local averiguar o problema.

Na bilheteria da estação Triagem, os funcionários não davam informações aos passageiros sobre o problema ocorrido. Sem saber de nada, as pessoas entraram nos vagões, mas, ao verem que as portas não fechavam, saem e aguardam sentadas na estação. Os usuários reclamaram do forte calor, de superlotação e da lentidão dos trens em outros trechos.

Por e-mail, o leitor Elias Cohen conta que chegou na estação Central por volta das 16h45m para ir para Saens Peña. "O primeiro trem que passou demorou cerca de 6 minutos para chegar e iria para Pavuna. Depois de mais de 10 minutos parado na estação, resolveram mudar o itinerário. Ele iria para Saens Peña. Todos os passageiros desambarcaram e os que iriam para a Tijuca enbarcaram nele. O trem ficou mais uns 5 minutos parado quando seguiu viagem. Mas como se trata de um serviço de péssima qualidade, o trem foi para a linha 2 e a orientação era de pegar um trem retornando para a Central para embarcar em outro indo para Saens Peña. Houve confusão e xingamento com seguranças e o maquinista, porque foi ele que disse que o trem iria para a Tijuca",

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Metrô: Composição parte sem vagão e Linha 2 do Metrô fica parada

Fonte: O Dia

Rio - Uma composição do Metrô partiu sem um dos vagões, na tarde desta sexta-feira, da estação de Triagem, na Zona Norte do Rio. O trem partia em direção à Pavuna e estava com passageiros. Por conta do incidente, que não deixou feridos, o tráfego está interrompido na Linha 2. As composições só estão circulando até a estação do Maracanã.

Ainda em função do problema, várias estações da Linha 1 estão completamente lotadas. Passageiros que esperam a regularização do tráfego se acumulam nas plataformas se misturando aos passageiros que trafegam na Linha 1, que continua operando, mas com intervalos irregulares que chegam há oito minutos.

As estações mais cheias são as que integram as duas linhas - de Botafogo à Central do Brasil. Mesmo os passageiros da Linhas 1 têm dificuldade para entrar nos três, que passam lotados. Vários passageiros tem receber o dinheiro do bilhete de volta e sair das estações. De acordo com o Metrô, ainda não há previsão para a normalização do serviço.

Metrô: Procon pode fiscalizar e multar metrô, diz MP

Fonte: O Globo

RIO - O usuário do metrô que estiver insatisfeito com o serviço, seja por causa de atrasos ou superlotação, deve, sim, procurar o Procon. Além de fiscalizar a concessionária, o órgão de defesa do consumidor tem legítimo poder de multa, de acordo com parecer do Procurador de Justiça Marcelo Lima Buhatem. A Agetransp, agência reguladora do governo do estado, também fiscaliza o metrô, mas tem recebido críticas quando à sua eficiência.

- A gente precisa de um órgão fiscalizador com o poder coercitivo da multa. O usuário do metrô insatisfeito deve procurar o Procon e solicitar a aplicação de multa, que dói no bolso e é imediata. Assim, é possível obrigar a mudar o padrão de atendimento e conforto - disse Buhatem.

O parecer está expresso em recurso examinado pela 12 Câmara Cível do Tribunal de Justiça do estado, no qual a Opportrans Concessão Metroviária pedia a anulação de uma sentença de primeira instância que autorizou o Estado a cobrar a multa dada pelo Procon de cerca de R$ 200 mil. Tudo por causa de uma interrupção de uma hora e meia do serviço nos dias 23 e 25 de setembro de 2000, problemas na rede elétrica.

De acordo com o MP, a concessionária alegou que o Procon não teria competência para aplicar multa, justamente por causa da existência da Agetransp (agência estadual que regula o metrô), além de negar responsabilidade pela falha, que teria sido causada por um apagão. A Metrô Rio informou que não comentaria o caso antes de receber o parecer.

População do Rio reclama dos problemas nos transportes públicos

Fonte: G1

O ano de 2009 foi repleto de problemas nos trens, no metrô e nas barcas do Rio, serviços de transporte público concedidos pelo governo do estado às concessionárias SuperVia, Metrô Rio e Barcas S/A. Seguranças da SuperVia usaram os cordões dos crachás para chicotear passageiros, e nas barcas, a demora no embarque provocou quebra-quebra e conflito entre passageiros e policiais militares. No metrô, houve a quebra de um veículo-tanque que levou ao fechamento de três estações, no último mês do ano passado.

E 2010 já teve seus problemas. No último dia 18, uma composição de trem andou por alguns quilômetros, a cerca de 100 km/h, sem maquinista. Falhas na conexão direta Pavuna-Botafogo do metrô levaram até o governador Sérgio Cabral a reclamar: “eu mandei um e-mail desaforado para o presidente do metrô.”

O G1 foi às ruas conversar com usuários desses meios de transporte e procurou autoridades e especialistas para falar dos problemas.

População e especialista fazem críticas

Entre os usuários, as reclamações superam, e muito, os elogios. Superlotação, calor e atrasos lideram o ranking das criticas.

“Quando chove, as barcas demoram muito e, às vezes, param”, conta Maria Teresa Ferreira.

“Disseram que o metrô ia melhorar com a conexão direta Pavuna-Botafogo, mas piorou. Os vagões estão superlotados”, critica o mecânico Ernani Ferreira.

“A gente não pode andar na linha do trem, mas pode andar em um trem-fantasma”, ironiza a doméstica Rose de Oliveira Souza.

Na hora de apontar os culpados, o governo e as concessionárias são os eleitos pelos usuários. Mas sobra também para a própria população fluminense. “A sociedade tem um pouco de culpa. A gente tem que, nas eleições, se juntar, se unir e dar a resposta”, comenta o estoquista Juliano Rosa Santiago.

“O poder público é o culpado da falta de melhorias no transporte. É a ele que cabe as concessões, as fiscalizações. O que falta mesmo é vontade política para resolver os problemas. A vontade tem que sair do poder público, do governo do estado, da Agetransp, que é a agência responsável pela fiscalização”, concluiu o engenheiro Sérgio Balloussier, especialista em transportes.

Agetransp não fala sobre o assunto

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) é a responsável pela fiscalização de trens, barcas e metrô.

A assessoria de comunicação da Agetransp informou que os conselheiros da agência responderam que não iam falar sobre o assunto. Segundo a assessoria, “a função da Agetransp não é procurar culpados, mas sim abrir processos regulatórios”.

A Secretaria Estadual de Transportes ainda não respondeu ao G1.

Concessionárias respondem

“Você não recupera dez anos de falta de investimento em dois anos. Em 2007, fomos convocados para uma renegociação com o governo e acertou-se a melhoria do sistema”, conta Joubert Flores, diretor de relações-institucionais do Metrô Rio.

Ele explicou que a última compra de trens foi feita pelo governo estadual em 1998, ano em que a Metrô Rio assumiu a concessão. Segundo Flores, de lá para cá, por causa do contrato com o estado, nenhum trem foi adquirido. Com a renegociação, novos trens foram encomendados e devem começar a circular em 2011.

“Não há culpados, mas sim motivos pelos quais enfrentamos problemas de transportes. E a principal causa foi o esvaziamento econômico do Rio de Janeiro, de dez anos atrás, que impediu qualquer investimento do governo em infra-estrutura, principalmente em transportes. A Barcas S/A tem feito a parte que lhe cabe, e que é possível, dentro da atual conjuntura. Mas há que se entender que estes investimentos levam de dois a quatro anos trazer os resultados”, respondeu o diretor-superintendente das Barcas S/A, Flávio Medrano de Almada.

A SuperVia encaminhou uma nota informando que assumiu a operação do sistema ferroviário na Região Metropolitana do Rio em 1998 e que, de lá pra cá, melhorou a regularidade e a pontualidade do serviço.

Deputados estaduais querem CPIs

“Os trens, as barcas e o metrô, embora sejam empresas diferentes, sofrem dos mesmos problemas: superlotação, desconforto e riscos para a segurança do cidadão. Coincidentemente, a Agetransp é a responsável pela fiscalização das três agências. Os principais responsáveis são, além das próprias concessionárias, a Agetransp, que é, no mínimo, omissa, e a área de transportes do estado, que é excessivamente tranquila com as três concessionárias”, afirmou o deputado estadual Gilberto Palmares (PT), que, em 2009, presidiu a CPI das Barcas.

Palmares tenta, agora, aprovar a instalação de uma CPI da SuperVia, que foi pedida por ele em 2007, ano em que um acidente entre dois trens em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, deixou oito mortos e 101 feridos.

O deputado estadual Alessandro Molon (PT) quer aprovar uma CPI na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para investigar o metrô.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Metrô: Metrô Rio e Agetransp são alvos de críticas e investigações

Fonte: RJTV

Além da continuação dos problemas na linha da Pavuna, a atuação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) também é criticada.

O deputado estadual Alessandro Molon (PT) diz que perguntou diretamente ao presidente da Agetransp, Luiz Antônio Laranjeira Barbosa, se havia um estudo para comprovar que a Linha 1A do metrô traria benefícios aos passageiros.
Saiba mais

A conversa foi em outubro de 2009, durante sabatina que reconduziu os conselheiros da Agetransp aos cargos. E o deputado apresentou a gravação da resposta:

Alessandro Molon - Eu quero saber se houve um estudo formal da agência (Agetransp)?

Luiz Antônio Laranjeira Barbosa – Não. Não houve um estudo formal da agência.

A Metrô Rio, concessionária que administra o serviço, ganhou mais 20 anos de concessão para compensar o investimento. A promessa era aumentar a capacidade de transporte em 200 mil passageiros e reduzir os intervalos entre os trens.

A lei que criou a Agetransp diz, no artigo 4º, que a agência tem que promover estudos sobre a qualidade dos serviços públicos concedidos com vistas à sua maior eficiência e que pode contratar serviços técnicos, vistorias e estudos necessários ao exercício das atividades de sua competência.

“Causa perplexidade e até revolta perceber que o contrato foi estendido, que a prorrogação foi feita por mais 20 anos, em troca de uma obra sem que houvesse um estudo que garantisse que a qualidade dos serviços melhoraria. Se não havia um estudo, como aprovar a prorrogação de um contrato em troca dessa obra?”, criticou Molon.

A Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual (MPE), que abriu inquérito no último dia 14 para apurar irregularidades no metrô, também requisitou o estudo. E espera que o documento seja encaminhado pela Secretaria Estadual de Transportes, pela Agetransp ou pela Metrô Rio.

A Agetransp informou, em nota, que só contrata serviços técnicos ou realiza estudos, como previstos na lei, depois que o contrato é assinado. E que, no caso da prorrogação do prazo da concessão do metrô, competia à agência apenas informar ao governo se os serviços vinham sendo executados de forma satisfatória, o que foi feito.

Desde o início da tarde desta terça-feira, nós aguardamos uma posição da Secretaria Estadual de Transportes, que, até o encerramento do RJTV – 2ª Edição, não se pronunciou sobre o assunto.

A concessionária Metrô Rio informou que, em 2008, fez um estudo técnico para criar a conexão direta Pavuna-Botafogo, e que o projeto foi aprovado por consultores internacionais.

Metrô: Vistoria do MP detecta falhas no metrô

Fonte: O Globo

RIO - Vistoria realizada na tarde desta segunda-feira tarde por técnicos do Ministério Público e do Sindicato dos Metroviários, além do deputado estadual Alessandro Molon (PT), apontou falhas de segurança na operação do metrô. Uma parte da equipe andou num dos vagões, outra ficou dentro da cabine do condutor, indo da estação Carioca até a do Maracanã. O que mais chamou a atenção foi o fato de a liberação das composições ser manual. Paradas entre as estações foram necessárias para que despachantes da empresa fizessem anotações e entregassem um papel autorizando o prosseguimento da viagem.

(Leia mais: Escritório de advocacia da primeira-dama defende a concessionária Metrô Rio)

Hidrantes trancados com cadeados nas estações

Os técnicos listaram outros problemas que prejudicariam a segurança na operação do metrô: parte da sinalização nos trilhos estava coberta com sacos pretos; hidrantes nas estações estavam trancados com cadeados, dificultado o uso em caso de urgência; superlotação, com cerca de nove pessoas por metrô quadrado, de acordo com técnicos do Ministério Público; temperatura elevada, chegando a 30,5 graus; intervalos longos, alcançando dez minutos; e falta de saída de emergência no trecho entre a Central do Brasil e São Cristóvão.

- Causou estranheza o fato de o trem estar operando com a parte da sinalização coberta por sacos pretos - disse o promotor da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, Carlos Andresano, que participou da vistoria.

O Sindicato dos Metroviários afirmou que faltam condições de trabalho para os condutores. Já Molon defendeu a volta ao sistema antigo, com a baldeação em Estácio, e a construção do projeto original, que leva a Linha 2 até a Carioca, via Praça da Cruz Vermelha.

- Essa ligação é uma gambiarra que foi entregue inacabada - reclamou Molon.
Ajustes estão sendo feitos para melhorar refrigeração

Diretor de relações institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores afirmou que os cadeados dos hidrantes serão retirados. Ele explicou que ajustes no ar-condicionado estão sendo feitos para melhorar sua capacidade, mas voltou a lembrar que o equipamento não foi dimensionado para funcionar em local aberto, como na Linha 2. A empresa informou, ainda, que não há saída de emergência na Linha 2, já que a via não fica em túneis. Joubert Flores criticou ainda o método usado na vistoria para medir o número de pessoas por metrô quadrado, que, de acordo com ele, não passariam de 7,2:

- Fico surpreso com a operação com despachantes. Vou ter que apurar isso. A sinalização fixa está funcionando.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Metrô: Involução carioca

Ótima charge publicada no jornal Extra deste domingo. Agradecimentos a leitora Isabela Aleixo.

Metrô: Mulher de Cabral defende concessionária do Estado

Agradeço ao leitor Leonardo pela notícia.

Fonte: Estadão

A primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo Cabral, é advogada de defesa da empresa que explora os serviços do Metrô fluminense em ação coletiva de consumo movida pelo Ministério Público Estadual, em janeiro de 2008. No mês anterior, seu marido, o governador Sérgio Cabral (PMDB), havia determinado a prorrogação do contrato da concessionária até 2038. No processo, que ainda tramita na Justiça do Rio, a primeira-dama assina petições e agravos de instrumento em defesa da empresa.

Pela legislação estadual, cabe ao governador a nomeação dos conselheiros da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transporte (Agetransp) no Rio. Aprovados em votação pela Assembleia, são os indicados de Cabral que avaliam se empresas, como a concessionária do Metrô que tem a primeira-dama como advogada de defesa, estão cumprindo ou não suas normas contratuais e, eventualmente, estabelecer multas e punições.

Adriana é sócia do escritório Coelho, Ancelmo & Dourado Advogados. Documentos obtidos pelo Estado mostram que os advogados do escritório tiveram procuração para atuar entre 8 de janeiro de 2007 e 22 de julho de 2009. Dados do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Justiça do Rio mostram que o escritório representou oito clientes com ações tributárias contra o Estado. Em pelo menos um caso, a execução fiscal 2007.100.005.787-4, o processo começou quando Cabral já era governador.

O escritório alega que abriu mão de todas essas causas contra o Estado desde que Cabral assumiu e que não chegou a atuar nesse caso, mesmo tendo a procuração. No processo em que atua a favor do Metrô, a primeira-dama, aparentemente, apenas assina os recursos. No processo, Sergio Coelho e Silva Pereira, sócio e ex-marido de Adriana, consta como advogado oficial da empresa.

AÇÃO

O Ministério Público requer, na ação, que os usuários que comprem bilhetes de integração nos ônibus da empresa possam utilizá-los em qualquer estação do Metrô - e não apenas naquelas determinadas pela concessionária. No dia 16 de abril de 2008, o juiz da 3ª Vara Empresarial acolhe pedido de liminar. Doze dias depois, Coelho e Adriana apresentam à Primeira Câmara Cível agravo de instrumento com requerimento de liminar de efeito suspensivo à decisão. Num primeiro despacho, no dia 14 de maio de 2008, a desembargadora Vera Maria Van Hombeeck nega o pedido.

No mesmo dia da publicação da decisão, no entanto, Coelho e Adriana entram com pedido de reconsideração e a magistrada muda sua decisão: dá a liminar à concessionária cassando a decisão provisória de primeira instância favorável ao Ministério Público. Em novembro de 2008, os demais desembargadores ratificam a mudança de posição da magistrada. O mérito da causa ainda tramita na 3ª Vara Empresarial. "Esse é um contrato específico porque havia uma questão específica de consumo", explicou Coelho.

METRÔ

Em nota, o Metrô do Rio esclareceu que o escritório da primeira-dama é apenas um entre os 20 escritórios que prestam serviço jurídico para concessionária. A empresa justifica que a firma foi contratada em janeiro de 2007, "quase um ano antes da prorrogação do contrato de concessão". Trata-se, no entanto, do primeiro mês de gestão de Sérgio Cabral como governador do Rio. "Estabelecer contratos específicos para determinadas ações é prática comercial comum adotada no mercado e nada tem a ver com favorecimento", informou a empresa.

A assessoria do Palácio Guanabara disse que Cabral não iria se manifestar. Mas o secretário-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, falou pelo governo. Disse que não vê problema nenhum na atuação da primeira-dama como advogada e nos casos assumidos pelo escritório dela. "O que eu posso dizer é que eles não atuam aqui. Em relação ao Estado, você não encontra nenhum caso aí de atuação deles contra o estado que tenha havido qualquer tipo de favorecimento", afirmou.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Metrô: Superlotação e desrespeito pioram acesso de deficientes físicos ao metrô

Fonte: Jornal O Globo

RIO - Quando o metrô está superlotado, até mesmo a solidariedade fica sem espaço. Portadores de deficiência física dizem que os transtornos para usar o meio de transporte ficam ainda piores. O GLOBO acompanhou a atendente comercial Maria da Conceição de Oliveira Santo, que tem dificuldades de locomoção decorrentes de poliomielite (infecção que pode causar sérias lesões no sistema nervoso e afetar os membros, sobretudo os inferiores). Antes, ela pegava o metrô, sentada, no Estácio. Agora, precisa ir até a Central e, de lá, seguir para o Engenho da Rainha, torcendo para que alguém lhe ceda um lugar.

- De tão cheio que está o vagão, muitas vezes as pessoas sequer conseguem me ver. Outros, mesmo vendo que tenho deficiência, não cedem o lugar, nem mesmo os que são reservados para idosos, gestantes e deficientes físicos - reclama.

Depois de enfrentar o vagão superlotado e viajar em pé, Maria da Conceição precisa se sentar um pouco nos bancos da estação Engenho da Rainha, para seguir até sua casa:

- Cheguei muito cansada. Vim em pé, num vagão muito quente, insuportável, cheio. Isso é todos os dias. Quem não tem deficiência já sofre. Para alguém como eu, é pior ainda.

O analista de sistemas Daniel Magalhães usa uma cadeira de rodas para se locomover. Ele pegou o metrô na quinta-feira na estação Carioca. Os vagões, de acordo com Daniel, não são preparados para receber deficientes físicos. A entrada também não é uma operação simples. É difícil passar de cadeira de rodas sobre o vão entre o trem e a plataforma.

- Desde que houve a ligação direta entre as linhas 1 e 2, a situação ficou pior. Os vagões não são adaptados para receber um cadeirante. Quando o metrô está mais cheio, é mais complicado - disse Daniel.



Ana Cláudia Monteiro, cadeirante e gerente do Instituto Brasileiro de Direitos das Pessoas Com Deficiência (IBDD), reclama da acessibilidade no metrô. De acordo com ela, em apenas quatro estações - Siqueira Campos, Cardeal Arcoverde, Cantagalo e Ipanema -, o cadeirante não precisa de auxílio para chegar à plataforma.

- Mesmo nas estações que têm acessibilidade, a distância entre o trem e a plataforma é um problema. Isso faz com que seja necessário auxílio em todas as estações para embarque e desembarque. Desde que houve a inauguração da estação Ipanema, o metrô está mais cheio e confuso. Há funcionários que não sabem como lidar com o cadeirante - disse Ana.

A concessionária Metrô Rio informou que não tem como obrigar os passageiros a cederem seus lugares, mesmo os que são prioritariamente destinados aos portadores de deficiência. Campanhas são feitas para que os usuários sejam solidários.

A estação Ipanema e a ligação direta entre as linhas 1 e 2 foram inauguradas em 21 de dezembro. Já no primeiro dia de operação, houve grandes transtornos. No último dia 10, O GLOBO mostrou que a situação no metrô estava pior.

Uma inspeção realizada na quinta-feira pelo Crea, pelo deputado estadual Alessandro Molon (PT) e pelo Sindicato dos Metroviários reprovou o metrô. Uma CPI poderá ser aberta. Molon pedirá à Justiça, na segunda-feira, a anulação do prazo maior dado à concessionária ou a construção da via que permitirá à Linha 2 ir do Estácio à estação Carioca.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Metrô: Passageiros trocam metrô pelo ônibus

Fonte: Jornal Extra

A conexão Pavuna-Botafogo completa hoje um mês, e os passageiros da Linha 2 do metrô continuam insatisfeitos com o serviço, apesar do fim da baldeação no Estácio. A superlotação tem empurrado cada vez mais usuários para os ônibus, além do forte calor e da irregularidade dos intervalos na Linha 2 — reclamações constantes entre os passageiros.



Os problemas fazem com que muitos moradores da Zona Norte e Baixada prefiram gastar mais tempo no trânsito, em meio aos engarrafamentos de manhã e à noite, do que enfrentar os vagões lotados. O ladrilheiro Alan Gonçalves dos Santos, de 30 anos, morador de São João de Meriti, trabalha na Tijuca. Até o mês passado, usava a Linha 2 do metrô. Do Estácio, seguia até a estação São Francisco Xavier. O trajeto, segundo ele, levava 45 minutos. Agora, prefere o ônibus.

— Agora estou levando, em média, 1h15m para chegar ao trabalho. Em dias de chuva, o engarrafamento na Avenida Brasil faz com que o trajeto leve duas horas. Enquanto o metrô não melhorar o serviço, vou continuar a andar de ônibusá. — disse Alan, por volta das 7h30m de ontem, num ônibus da linha 665 (Pavuna-Praça Saens Peña).



Uma equipe do EXTRA fez, no início da manhã de ontem, uma viagem de ônibus entre Pavuna e Botafogo, para ouvir opiniões dos passageiros sobre o serviço prestado pelos coletivos e pelo metrô. Os repórteres levaram 2h44m do ponto final da linha 665 (Pavuna-Saens Peña) até a saída da estação do metrô de Botafogo, na Rua São Clemente. O percurso foi complementado pelo ônibus da linha 409 (Saens Peña - Jardim Botânico). O tempo é 1h32m superior ao gasto pela equipe do jornal entre as estações Pavuna e Botafogo do metrô, na manhã da última terça-feira.

— Sei que não existe engarrafamento, trânsito e enchente com o metrô. Mas tem gente demais. Assim não dá — contou o autônomo Paulo Rocha, de 29 anos.

Os passageiros da Linha 2 reclamam que, mesmo sem a transferência em Estácio, o tempo de viagem continua tão demorado quanto antes. A equipe de reportagem fez percurso Pavuna-Botafogo em 62 minutos no horário de pico da manhã. Segundo a Metrô Rio, com a baldeação, a viagem durava 64 minutos. Isto é, a redução, na prática, ainda não chegou aos 13 minutos prometidos pela concessionária.

— Com baldeação, fazia 40 minutos de Del Castilho até Copacabana. E agora, mesmo sem transferência, estou demorando mais. Onde está sendo construída a estação Cidade Nova, o trem fica parado por até 15 minutos esperando o trânsito ser liberado — reclamou a vendedora Sabrina de Matos, de 21 anos.
Deputado vai pedir cancelamento
Ontem à noite, o deputado estadual Alessandro Molon (PT) realizou, com sindicalistas, uma inspeção no metrô, e constatou a superlotação. Molon entrará na Justiça para pedir que seja cancelada a extensão da concessão pelo estado.

Bonde: Crea constata falhas nos freios dos novos bondes de Santa Teresa

Fonte: Jornal O Globo

RIO - O vice-presidente do Conselho Regional da Engenharia e Arquitetura (Crea), Luiz Antônio Cosenza, informou que a Comissão de Prevenção a Acidentes do órgão concluiu nesta quinta-feira um relatório no qual não recomenda a utilização dos bondes novos de Santa Teresa. De acordo com ele, há um erro de projeto no sistema de freios:

- Houve um erro de projeto na caixa onde estão instalados os freios. Qualquer pancada, mesmo pequena, pode danificar o sistema, portanto recomendamos que este tipo de bonde não circule.



No ano passado, uma pessoa morreu e dez ficaram feridas em um acidente envolvendo um ônibus e um bondinho . Após ser atingido por um táxi na Rua Paschoal Carlos Magno, o bonde 01, um dos sete veículos leves sobre trilhos (VLTs) que circulavam pelo bairro, teve problemas no sistema de freio e começou a descer a ladeira de ré. O ônibus, que subia a rua, tentou desviar, mas os veículos se chocaram na lateral. Andreia de Jesus Resende, de 29 anos, saltou do bonde ainda em movimento e acabou esmagada entre os veículos.

Metrô: Deputado vai pedir CPI sobre problemas no metrô

Fonte: Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - A concessionária Metrô Rio poderá ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e de uma Ação Popular do Ministério Público (MP), pedindo o cancelamento da prorrogação do contrato de concessão, que deu à empresa o direito de explorar as linhas de metrô do estado por mais 20 anos.



Nesta quinta-feira, o Conselho Regional e Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ) e o deputado estadual Alessandro Molon (PT) fizeram uma vistoria no serviço prestado pela concessionária.

– No dia 1º de fevereiro, na volta do recesso da Alerj, farei o pedido de CPI. Investigaremos como deixaram o metrô chegar a esse estado caótico e o porquê da permissão ter sido renovada por mais 20 anos, tendo como contrapartida apenas a obra que ligou a estação de São Cristóvão à Central do Brasil. Essa obra completa um mês nesta sexta-feira e não trouxe nenhuma melhoria. Tanto os passageiros da Linha 1 como os da Linha 2 nos disseram que o serviço piorou – afirmou Molon – No máximo na próxima segunda-feira, ingressarei com uma Ação Popular no MP, pedindo a anulação da prorrogação do contrato de concessão. Como renovar com essa empresa se os usuários do serviço são tratados como gado?

O presidente do Crea RJ, Augustinho Guerreiro, que acompanhou a vistoria, classificou como “péssimas” as condições do metrô do Rio de Janeiro.

– No mundo todo, o serviço de metrô se apoia no trinômio rapidez, conforto e segurança. Aqui no Rio, essas bases são muito precárias. Não há intervalos regulares. A nossa Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes vai elaborar um relatório e entregará ao Estado, para que este faça o uso devido.

Concessionária se defende

Através de sua assessoria, a Metrô Rio disse que “está à disposição das autoridades para prestar todos esclarecimentos necessários. A empresa está trabalhando para reduzir o intervalo entre as composições, a fim de melhorar o atendimento à população”.

Metrô: Deputado passa aperto no metrô e vai à Justiça

Fonte: Jornal O Dia

Rio - Depois de passar por apertos em uma viagem de metrô em plena hora do rush, o deputado estadual Alessandro Molon (PT) anunciou que vai entrar na Justiça para tentar anular a prorrogação do contrato de concessão da Metrô Rio. Ao lado de representantes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio (Crea-RJ), ele realizou uma vistoria detalhada no metrô e sentiu um pouco do drama pelo qual passa a população do Rio todos os dias.



“Está péssimo. É difícil entrar e sair dos vagões, faz calor e não há o mínimo de conforto. A situação piorou ainda mais com essa ‘gambiarra’ que é a nova integração entre as linhas 1 e 2. Vou entrar com uma ação popular na Justiça pedindo que seja anulada a prorrogação do contrato do estado com a Metrô Rio. Caso não haja resultados, vou pedir que seja cancelada a concessão”, disse.

O deputado informou que, recentemente, a exploração do metrô foi prorrogada até 2038, mas a Metrô Rio descumpre sua parte no acordo, pois não oferece o serviço de maneira adequada. O parlamentar ainda garantiu que, no dia 1º de fevereiro, vai protocolar um pedido de abertura de CPI do Sistema Metroviário na Alerj.

O presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro, que também participou da inspeção, afirmou que o conselho vai produzir estudos técnicos sobre o assunto e encaminhá-los para a Assembleia.

“O que vimos hoje aqui foi dramático. O metrô não tem condições de receber tantos passageiros. E ainda houve esse problema com a SuperVia. Vamos trabalhar com nossos técnicos e elaborar relatórios que possam ajudar nos trabalhos da Alerj”, garantiu.

O Crea também abriu investigação para apurar as causas do acidente que ocorreu segunda em um trem da Supervia.

“Vamos ouvir técnicos e engenheiros para saber o que aconteceu. De qualquer maneira, há responsabilidade da Supervia. Um maquinista não pode deixar o trem sozinho como deixou”, disse Luiz Cosenza, vice-presidente do Crea.

Metrô: Vistoria comprova superlotação no metrô, e deputado quer anulação do aumento da concessão

Fonte: Jornal O Globo

RIO - O deputado estadual Alessandro Molon (PT), membros do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e integrantes do Sindicato dos Metroviários realizaram na noite desta quinta-feira uma inspeção no metrô. O grupo embarcou numa composição na estação da Carioca com destino à Saens Peña, onde constatou superlotação e recebeu diversas reclamações de usuários. Na segunda-feira, a queixa de usuários quanto à superlotação do metrô feita já havia sido confirmada por especialistas. A direção da concessionária Metrô Rio, no entanto, negou que transporte mais gente do que a capacidade máxima dos trêns.



A comissão embarcou na Carioca e foi a diversas estações das linhas 1 e 2. Na Central do Brasil, a saída foi comparada a um estouro de boiada pelo deputado Molon. Para ele, um mês é prazo mais do que razoável para ajustar o sistema. Portanto, ele concluiu que a ligação direta não é uma boa solução e decidiu entrar na Justiça pedindo a anulação do aumento da concessão por mais 20 anos ou a construção do projeto original: levar a Linha 2 do Estácio até a Carioca. O Crea fará um relatório para apontar falhas e propor soluções.

- A Comissão de Prevenção de Acidentes do Crea vai produzir um relatório. Este era um transporte ótimo, que nos dava orgulho e aumentava a autoestima do carioca. Hoje é uma vergonha. Quem depende do metrô diariamente está sofrendo o que jamais imaginou. Depois da privatização, só foi piorando, até chegar a este ponto - disse o presidente do Crea, Agostinho Guerreiro.

Molon reafirmou que pedirá a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Alerj para investigar problemas tanto no metrô como nos trens da SuperVia:

- O metrô não passa neste teste. Péssimas condições de segurança, não existe conforto, intervalos de até sete minutos. É difícil de entrar e de sair. E ainda querem aumentar a linha 1 com a ligação direta até a Barra, mais uma vez alterando o projeto original da Linha 4.

Na terça-feira, um termômetro levado pelo GLOBO registrou 33 graus num dos trens da Linha 2, na altura de Engenho da Rainha. No Estácio, para efeito de comparação, foram registrados 34,4 graus na plataforma, que não conta com ar-condicionado. A alta umidade, provocada pelo excesso de pessoas num ambiente confinado e quente, faz com que a sensação térmica seja ainda pior.

Um fiscal da Agetransp (agência reguladora estadual responsável pela área de transportes), que anotava os intervalos das composições, disse ter recebido diversas reclamações de usuários quanto ao calor. De acordo com ele, pelo menos três composições teriam vagões com problemas no ar-condicionado.

O teste da temperatura dentro dos vagões foi realizado no mesmo dia em que o governador anunciou que as obras da Linha 4 começarão em maio, pela Barra da Tijuca.Em setembro começarão os trabalhos no trajeto de Ipanema até a Gávea. Cabral anunciou ainda uma mudança: a construção de uma estação na PUC. Segundo Cabral, serão necessários cerca de R$ 4 bilhões para concluir as obras.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, disse ter recebido da concessionária Metrô Rio o anúncio de que os problemas na operação do metrô só devem ser completamente resolvidos no dia 22 de fevereiro, quando estará em pleno funcionamento o sistema de sinalização de saída dos trens do pátio de manutenção para as linhas 1 e 2.

O Ministério Público estadual (MP), contudo, já instaurou inquérito para apurar as falhas na prestação do serviço.Em meio à enxurrada de problemas enfrentados pelos usuários. O Promotor da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, Carlos Andresano Moreira quer saber se a concessionária e a Agetransp têm estudos que atestem a viabilidade técnica da transferência da baldeação, antes feita no Estácio. Segundo ele, a Promotoria de Cidadania vai abrir outro inquérito para apurar a lisura da extensão do contrato de concessão, acertada em 2007 pela Metrô Rio e pelo governo do estado.

Trem: Site da Supervia foi invadido

Na madrugada de sexta (22) o site da Supervia foi invadido e algumas imagens trocadas. Nas imagens, é possível identificar o responsável pelo nick de Swordfish.


Nas imagens vemos comentários de usuários em jornais do Rio de Janeiro e vagões superlotados.



O episódio das chicotadas também foi lembrado.



A mensagem é clara: Supervia sinônimo de vergonha.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Metrô: termômetro registra 33 graus num vagão da Linha 2

Fonte: Jornal O Globo

RIO - O leque virou um acessório quase obrigatório no metrô, para se tentar amenizar o forte calor nos vagões. Um termômetro levado pelo GLOBO registrou na tarde desta terça-feira 33 graus num dos trens da Linha 2, na altura de Engenho da Rainha. No Estácio, para efeito de comparação, foram registrados 34,4 graus na plataforma, que não conta com ar-condicionado. Dentro das composições lotadas, nem seria necessário levar termômetro. Em pouco tempo, foi praticamente impossível não suar.

A alta umidade, provocada pelo excesso de pessoas num ambiente confinado e quente, faz com que a sensação térmica seja ainda pior. A explicação é do meteorologista Jorge Luiz Fernandes de Oliveira, professor da UFF, que considerou 33 graus uma temperatura ruim.

- Com o calor, quanto maior a umidade, maior o desconforto. A função do ar-condicionado é justamente essa: diminuir a umidade e a temperatura. Um vagão lotado, a 33 graus, é muito desagradável - disse.

Apelando para o bom humor, uma das passageiras disse que o leque já faz parte de seu "kit metrô". Outra, se abanando com um pedaço de papel dobrado, reclamou do desconforto, dizendo que algumas pessoas chegam a passar mal. A escriturária Valesca Antunes César também não parava de usar seu leque:

- É calor demais. Há dias em que fica ainda pior.

A geofísica Renata Lira trocou de vagão por causa do calor. De acordo com ela, o aparelho estava com defeito:

- Está muito quente e o ar-condicionado não dá vazão. No vagão em que eu estava, o aparelho estava quebrado, deixando a temperatura ainda mais quente.

Um fiscal da Agetransp (agência reguladora estadual responsável pela área de transportes), que anotava os intervalos das composições, disse ter recebido diversas reclamações de usuários quanto ao calor. De acordo com ele, pelo menos três composições teriam vagões com problemas no ar-condicionado.

O diretor de Relações Institucionais da concessionária Metrô Rio, Joubert Flores, reconhece os problemas no ar-condicionado. Ele revelou que duas consultorias internacionais foram contratadas para estudar melhorias no sistema e que a manutenção foi reforçada para manter os aparelhos em bom funcionamento. De acordo com ele, ontem de manhã, apenas três dos 364 equipamentos apresentaram defeito.

- O ar, todo mundo sabe, não é 100%. Contratamos duas consultorias internacionais, vamos trocar alguns componentes. Estamos com as ações sendo feitas de acordo com essas orientações.

A Metrô Rio disse que tem conseguido manter a regularidade entre as composições e que a tendência é diminuir aos poucos os intervalos.

Metrô: Cabral anuncia que obras da Linha 4 do metrô começam em maio, pela Barra da Tijuca

Fonte: Jornal O Globo

RIO - O governador Sérgio Cabral confirmou nesta terça-feira que até o início de maio serão iniciadas as obras que levarão o metrô até a Barra da Tijuca. O pontapé inicial será dado no trecho da Barra até a Gávea. Em setembro começarão os trabalhos no trajeto de Ipanema até a Gávea. Cabral anunciou ainda uma mudança: a construção de uma estação na PUC. A assessoria de imprensa da universidade informou que a reitoria ainda não recebeu contato oficial, mas estudará cuidadosamente a proposta.

- Em 2016, teremos toda a ligação com a Barra completa, com inaugurações de algumas estações antes disso - garantiu Cabral.

Segundo Cabral, serão necessários cerca de R$ 4 bilhões para concluir as obras. Os recursos virão do próprio estado, da União, da concessionária prestadora do serviço e de empréstimos. Também será usada a receita de vendas dos terrenos das linhas 1 e 2, com os quais o estado espera arrecadar R$ 1 bilhão. Parte do valor, no entanto, terá de ser usado para quitar dívidas trabalhistas.

A Casa Civil já preparou o primeiro lote de venda de seis terrenos do metrô, cujo edital deve ser publicado até a semana que vem. Serão duas áreas na rua Muniz Barreto, em Botafogo; duas na Rua do Catete; uma na Rua Marquês de Abrantes e outra na Rua Clarice Índio do Brasil, no Flamengo. Com eles, o governo espera arrecadar cerca de R$ 24 milhões.

De acordo com Cabral, o trecho de Ipanema até a Gávea terá as estações General Osório, Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Bartolomeu Mitre e Gávea-PUC. O segundo trecho sairá da Barra, com parada em São Conrado, até a Gávea. Ele afirmou que os passageiros seguirão no mesmo trem pela Estação General Osório, em Ipanema, sem necessidade de baldeação. O governador admitiu, no entanto, que haverá períodos em que serão causados transtornos no trânsito:

- O que queremos é um traçado do metrô que vá atrás do consumidor, não uma solução fácil de engenharia. Mas haverá transtornos, inclusive com interdição de trechos de vias como a Visconde de Pirajá a partir de 2012, 2013.

O local da estação da Gávea é motivo de polêmica. Desde 2004, havia dúvidas em relação à Praça Santos Dumont ou a PUC. A alternativa da universidade tornaria menor o impacto ambiental do projeto, mas há resistências de especialistas em transportes e na própria PUC.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Trem: Maquinista admite que estava fora do trem

Fonte: Jornal O Globo

Em depoimento na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), o maquinista que conduzia o trem da SuperVia que apresentou problemas no ramal de Japeri admitiu que estava fora da composição quando ela partiu da estação de Ricardo de Albuquerque. Segundo informou ao site G1 o delegado Eduardo Freitas, o maquinista contou que tinha saído da cabine para verificar um problema num dos vagões quando viu o trem partindo da plataforma.

Para o delegado, há duas hipóteses: a de que alguém, na ausência do maquinista, teria entrado na cabine e acionado a partida da composição; ou de que houve um defeito técnico, relacionado ou não a falha humana, que deu a partida no trem.

Equipes da DDSD buscam outras testemunhas que possam ajudar a esclarecer o que aconteceu. Eduardo Freitas aguarda ainda o laudo da perícia técnica do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), que sai em 30 dias.

O presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Valmir de Lemos, vai ao Ministério das Cidades e à Casa Civil nesta terça-feira cobrar providências sobre a pane no trem da SuperVia. De acordo com testemunhas, a composição andou em alta velocidade e sem o maquinista. A informação dos passageiros foi confirmada por Valmir de Lemos.

- Vamos procurar o Ministério das Cidades por causa da relação que o órgão tem com os governantes e os problemas da cidade. Já a Casa Civil é por conta dos investimentos que faz no estado - explicou Valmir.

Em nota divulgada na manhã desta terça, a SuperVia disse que instalou uma comissão para investigar o incidente. A empresa diz que trabalha com a Polícia Civil na apuração dos fatos.

De acordo com a nota, os técnicos da empresa, acompanhados dos policiais e peritos já estiveram no local e no trem, iniciando a apuração dos registros e depoimentos. A SuperVia disse que os detalhes e questionamentos sobre o incidente que forem apurados pela comissão de investigação estarão num laudo que será entregue à Agetransp em 30 dias.

A Agetransp, contudo, vai fazer sua própria avaliação do caso. O Conselho Diretor do órgão já instaurou processo, com relator e revisor, para apurar as causas e os responsáveis pelo ocorrido. O órgão recebeu, nesta terça-feira, um relatório da SuperVia com informações preliminares sobre o problema no ramal Japeri, mas considerou o documento não satisfatório. Segundo a assessoria de imprensa da agência reguladora, a concessionária pode sofrer penalidade caso sua análise não seja concluída no prazo de 30 dias.

Trem: Supervia inicia apuração para problemas, mas laudo só será entregue em 30 dias

Fonte: Jornal O Dia

Rio - A SuperVia emitiu nota, nesta terça-feira, onde afirma já estar trabalhando para apurar as causas do incidente desta segunda-feira, quando novos atrasos nos ramais de Japeri e Deodoro complicaram a vida de passageiros durante a manhã. Sem maquinista, uma composição da empresa viajou a mais de 80 km/h por três estações - no momento, carregava cerca de 1,2 mil pessoas.



"A SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário S/A informa que instalou imediatamente uma Comissão de Investigação do incidente de 18/01/2010 e já trabalha junto à Polícia Civil na apuração dos fatos. Os técnicos da empresa, acompanhados dos policiais e peritos já estiveram no local e no trem, iniciando a apuração dos registros e depoimentos", disse a SuperVia em nota oficial.

Mas as respostas para os problemas ocorridos na segunda-feira ainda não estão próximas de serem respondidas. A empresa ainda vai aprontar um laudo, mas o documento será entregue em, no mínimo, um mês.

"Todos os detalhes e questionamentos sobre o incidente, apurados pela Comissão de Investigação, constarão no laudo que será entregue à agência reguladora em 30 dias. A SuperVia entende a necessidade de prestar contas à sociedade sobre quaisquer ocorrências relacionadas ao sistema ferroviário de passageiros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e assim o fará, com todo o rigor que o assunto requer, tão logo conclua esta apuração. Necessário ressaltar que qualquer informação neste momento é prematura e incompleta.

Trem: Supervia investiga 'Trem Fantasma' junto a Polícia Civil

Fonte: Jornal do Brasil

RIO - A SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário S/A informa que instalou imediatamente uma Comissão de Investigação do incidente de 18/01/2010 e já trabalha junto à polícia civil na apuração dos fatos. Os técnicos da empresa, acompanhados dos policiais e peritos já estiveram no local e no trem, iniciando a apuração dos registros e depoimentos. Todos os detalhes e questionamentos sobre o incidente, apurados pela Comissão de Investigação, constarão no laudo que será entregue à agência reguladora em 30 dias. A SuperVia entende a necessidade de prestar contas à sociedade sobre quaisquer ocorrências relacionadas ao sistema ferroviário de passageiros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e assim o fará, com todo o rigor que o assunto requer, tão logo conclua esta apuração. Necessário ressaltar que qualquer informação neste momento é prematura e incompleta

Trem: SuperVia pode ter concessão cassada

Liminar da 6ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, em outubro do ano passado, obriga a SuperVia a resolver seus problemas operacionais sob pena de multa de R$ 100 mil por dia. Segundo o promotor estadual Carlos Andresano Moreira, caso fique comprovado que a SuperVia não cumpriu os termos da liminar — que incluem tirar de circulação as composições avariadas e informar sobre possíveis problemas técnicos — e colocou em risco a vida de seus passageiros, pode até perder sua concessão. Moreira foi quem iniciou a ação contra a concessionária.

“Vamos ver a recorrência dessas infrações e fazer um cálculo do valor da multa, caso a concessionária não faça nada para melhorar seu serviço. Se a multa não for suficiente, isso não impede que em um futuro próximo o MP ingresse com pedido para que os administradores sejam pessoalmente responsabilizados, podendo chegar até a cassação da concessão”, explica.

Para Hostílio Xavier Ratton Neto, professor de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, somente a hipótese de falha mecânica ou humana pode explicar o fato de o trem viajar por tanto tempo sem maquinista: “Ainda que haja um declive logo depois da estação, fato que justificaria a alta velocidade, não há explicação para ele andar sozinho sem uma falha no sistema de aceleração ou sem que alguém tenha acionado a alavanca do painel de controle. O maquinista pode não ter acionado o freio de estacionamento ou estava com defeito. Poderia terminar em tragédia”.

Mudança de vagão por medo de colisão

Pelo menos 20 pessoas que estavam no ‘trem-fantasma’, como a composição desgovernada está sendo chamada pelos passageiros, reuniram-se ontem com um advogado com o objetivo de processar a SuperVia. Revoltados, eles contaram que só não houve uma tragédia por milagre. Com medo de uma colisão, quem estava nos vagões da frente atravessava as portas para ir para os da parte de trás da composição.

O eletricista Pablo Luciano, 27 anos, foi um dos passageiros que se jogaram do trem em movimento. “Imagina se tivesse algum trem parado no caminho? Estaríamos todos mortos”, acredita o passageiro Melchiesedec da Silva, 36.

Metrô: Estaria operando acima da capacidade

Fonte: Jornal O Globo

RIO - O metrô está tão lotado que até respirar fica difícil. A reclamação de uma usuária não é exagero, segundo especialistas. Por falta de mais carros e dificuldades na gestão da integração das linhas 1 e 2, as composições estariam circulando com ocupação além da máxima. Isso faz com que alguns passageiros realmente passem mal. O sistema, sobretudo o mecanismo de fechamento das portas, também sofre com o excesso de passageiros. Não é raro ver vagões lacrados por causa de algum defeito. A direção da concessionária Metrô Rio nega que haja mais gente do que a capacidade máxima.



- A demanda aumentou, foram criadas a estação de Ipanema e a conexão direta entre as linhas 1 e 2, mas faltam trens, que só vão chegar no fim do ano que vem. O metrô não tem capacidade de transportar tanta gente. Passageiros são expostos a um "ensardinhamento" - diz Rubens Pinto Foligno, presidente do Sindicato dos Metroviários do Rio.

O engenheiro de transportes Fernando Mac Dowell explica que o mecanismo de fechamento das portas é o primeiro a sofrer com o excesso de passageiros nos vagões. Ele analisou fotos e vídeos feitos pelo GLOBO e afirmou: o número de passageiros transportados está acima do máximo.

- Com a superlotação, o peso fica muito maior e algumas portas têm dificuldade de fechar. É um absurdo colocar tanta gente confinada. Estudos comprovam que as pessoas passam mal a partir de uma determinada concentração por metro quadrado. Se o carro para, há chance de pânico. Quando a pessoa sequer consegue entrar num vagão é porque a composição está acima do limite máximo - disse.

O deputado estadual Alessandro Molon (PT) entrará com um pedido de CPI dos transportes ferroviários no dia 1º de fevereiro na Alerj. A ideia é tratar dos problemas do metrô e da SuperVia. Ele também criticou a Agetransp, agência do estado que fiscaliza tanto o metrô quanto os trens. Para Molon, falta rigor na fiscalização.

- Uma frente será o metrô, outra os trens da SuperVia. Sem a menor dúvida, nesta CPI a atuação da Agetransp vai ser um dos temas obrigatórios, já que lhe cabe a fiscalização. O governador reclamou do metrô, mas basta ele encaminhar para a Alerj um pedido. Caso ele seja aprovado em plenário, os conselheiros da Agetransp poderão ser substituídos - disse Molon.

Diretor de relações institucionais da Metrô Rio, Joubert Flores informa que o metrô está operando com capacidade menor do que a esperada para janeiro, quando normalmente há uma redução de 10% no número de passageiros. Na manhã desta segunda-feira, os intervalos do metrô foram considerados regulares. À tarde houve um problema de sinalização, logo resolvido. Com ajustes no sistema, a empresa espera reduzir aos poucos o intervalo para diminuir a lotação.

- Tem menos gente do que imaginávamos para este mês. Um dos motivos que levaram a gente a fazer o investimento foi a superlotação. Estamos em seis minutos de intervalo, esperamos baixar disso na semana que vem. Quando mais cheio, maior o risco de ter um dano na porta, mas isso não tem acontecido mais.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Trem: SuperVia e sindicato divergem sobre problema em trem

Fonte: Jornal O Dia

Walmir de Lemos, presidente do Sindicato dos Ferroviários, afirmou que o maquinista tinha saído para fazer uma vistoria e não estava na cabine. Ele levantou a hipótese de que a partida possa ter sido acionada por algum passageiro.

A SuperVia nega que o trem tenha andado sozinho e, no momento, colhe o depoimento do maquinista para apurar os fatos. A empresa afirmou, também, que o atraso não passou de 30 minutos, o que foi desmentido por passageiros como Ronaldo da Silva, ajudante de caminhão de 25 anos. Ele acordou às 5h, saiu no 2º trem de Japeri e pretendia desembarcar em Deodoro para então seguir para Bangu, onde trabalha. Ele afirmou que o início de sua jornada de trabalho começa diariamente às 9h, mas às 9h45 ainda estava em Ricardo de Albuquerque.

Agência pede explicações

A Agetransp, por meio de seu Conselho Diretor, informa que, tão logo soube dos problemas técnicos no ramal Japeri, enviou ao local uma equipe de fiscalização para apurar os fatos. As primeiras informações são que, por volta das 6h15, um trem do ramal Japeri apresentou problemas operacionais e não parou na Estação Ricardo de Albuquerque.

O Conselho Diretor da Agência determinou a instauração de processo específico para apurar as causa do incidente e solicitou à concessionária, em 24 horas, todas as informações pertinentes a ele. A SuperVia informou que o incidente causou atrasos na circulação de trens durante toda a manhã no ramal de Japeri.

Trem: 'Fiquei em um canto esperando pelo pior', revela passageiro

Fonte: Jornal O Dia

Rio - O eletricista Jorge Luis, 39 anos, estava no trem do ramal de Japeri que percorreu duas estações em alta velocidade. Dentro do trem, algumas pessoas se feriram por causa de um tumulto causado pelo desespero dos passageiros e um idoso quase caiu na linha férrea porque a composição estava de portas abertas.



"O trem parou na estação de Ricardo de Alburqueque e ficou abrindo e fechando as portas. Alguns passageiros sairam da composição, mas eu fiquei porque não houve aviso de avaria. Quem estava do lado de fora viu o maquinista sair e quando voltamos a andar tudo mundo começou a gritar. Fiquei em um canto esperando pelo pior", conta Jorge Luis.

Quando a composição finalmente parou, entre as estações de Oswaldo Cruz e Marechal Hermes, os passageiros desceram para a linha férrea, onde foram resgatados por outro trem que vinha no sentido contrário e levados para Deodoro. Mesmo do incidente, a concessionária não providenciou socorro médico para os feridos.

"Na estação não havia nenhum socorro e os guardas só diziam que não podiam ajudar. Os passageiros foram muito mal tratados pelo atendimento da SuperVia", reclama o eletricista.

Assista ao vídeo feito pelo leitor Jorge Luis.

Trem: Problemas nos trens da Supervia causam tumulto nos ramais de Japeri e Deodoro

Fonte: Jornal O Dia

Rio - Passageiros de trens da Supervia dos ramais de Japeri e de Deodoro, enfrentaram problemas de atrasos na manhã desta segunda-feira. O trem que saiu de Japeri, na Baixada Fluminense, pouco depois das 6 horas, apresentou avaria mecânica nas proximidades da estação de Ricardo de Albuquerque.

O maquinista parou o trem e desembarcou para verificar o problema. O trem teria dado partida sozinho e somente parou nas proximidades da estação de Oswaldo Cruz, depois que o maquinista avisou ao Centro de Controle. A energia foi cortada e o trem parou.

Segundo passageiros que estavam a bordo do trem, a composição chegou a desenvolver velocidade de 80 km/hora e deixou os usuários assustados. Os passageiros desembarcaram próximo a Oswaldo Cruz, na linha férrea, e caminharam até a plataforma da estação. Uma mulher se feriu ao pular na linha e foi socorrida por uma ambulância do SAMU.

O desligamento da energia casou problemas também no ramal de Deodoro. Os atrasos chegaram a mais de 40 minutos. Passageiros ficaram revoltados ao longo das estações acima de Deodoro e na Baixada Fluminense. A Supervia não informou o que aconteceu e a assessoria de imprensa diz apenas que houve problemas em trem que saiu de Japeri e que casou defeito na chave seletora de linhas.

Trem: Problema em composição da SuperVia causa atrasos na circulação de trens

Fonte: Jornal O Globo

RIO - Uma composição da SuperVia que deixou a Estação de Japeri sentido à Central do Brasil apresentou um problema operacional na altura de Ricardo Albuquerque, na manhã desta segunda-feira. O incidente fez com que se formasse uma fila de trens parados, o que está causando atrasos de até 30 minutos, segundo a concessionária. Passageiros que estavam na composição relataram que o trem andou de Ricardo de Albuquerque até Oswaldo Cruz sem maquinista, a mais de cem quilômetros por hora.

De acordo com os passageiros, o maquinista teria descido do trem em Ricardo de Albuquerque para resolver o problema. A composição, então, saiu andando pelos trilhos, sem comando, e com as portas abertas. Algumas pessoas pularam, e o trem só parou em Deodoro. A SuperVia informou que está apurando essas denúncias.



De acordo com a assessoria da SuperVia, a composição que teve o problema não parou na estação de Ricardo de Albuquerque. A energia deste trem precisou ser desligada, e ele parou no meio do caminho entre as estações de Deodoro e Oswaldo Cruz. Os passageiros desembarcaram e seguiram pela linha férrea até a estação de Oswaldo Cruz, onde seguiram em outra composição em direção ao Central do Brasil.

Segundo a concessionária, o trem que teve problema danificou equipamentos na linha, e funcionários estão fazendo reparos. Por isso, segundo a SuperVia, os trens do ramal de Japeri e os que passam pela estação de Deodoro estão circulando com atrasos. Ainda conforme a concessionária, as composições estão paradas em fila aguardando a liberação.

Há passageiros, no entanto, que ficaram parados por mais de uma hora e meia na Estação Ricardo de Albuquerque. Eles reclamaram que a SuperVia não deu informações sobre o que ocorreu com o tráfego. De acordo com o motorista Felipe Correia Thumes, de 26 anos, algumas que pessoas pediam o dinheiro ou o bilhete de volta, mas não eram atendidas pelos funcionários da concessionária.

Segundo a concessionária, o problema com o trem aconteceu por volta das 6h15m da manhã desta segunda-feira. Foi feito um controle de acesso das pessoas às estações para evitar tumultos.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Metrô: problemas terminam dia 22 de fevereiro

Fonte: Jornal O Globo

RIO - O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, disse nesta sexta-feira que os problemas na operação do metrô só devem ser completamente resolvidos no dia 22 de fevereiro. Segundo ele, essa foi a informação que recebeu da concessionária, que deu este prazo para o funcionamento pleno de um sistema de sinalização de saída dos trens do pátio de manutenção para as linhas 1 e 2.

O presidente do Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, está na China tentando agilizar a entrega dos 114 carros que formarão 19 composições. Depois de admitir que o sistema piorou com a integração das linhas 1 e 2 , a empresa diz que o serviço já melhorou:

- As pessoas viveram um tempão reclamando da superlotação. Tivemos 20 dias de operação pior do que antes, mas agora o serviço está regular, com cerca de seis minutos de intervalo, mas com ligação direta até Botafogo para passageiros da Linha 2. Para a Linha 1, são composições de cinco carros, mas sem disputar espaço com 200 mil pessoas que faziam baldeação no Estácio - disse Joubert Flores, diretor de Relações Institucionais do Metrô Rio, que espera que, aos poucos, os usuários percebam melhorias.

Uma audiência pública será convocada pelo presidente da Comissão de Transportes da Alerj, deputado Marcelo Simão (PSB), para cobrar explicações sobre os problemas no metrô. Segundo ele, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) poderá ser aberta se os problemas persistirem:

- Vou marcar uma nova audiência pública. Se não resolver nada, vamos ter que abrir uma CPI direcionada ao metrô para entrar lá e ver o que está acontecendo - disse Simão.

A falta de resposta da agência estadual que fiscaliza o metrô (Agetransp) - que não emitiu multa ou parecer sobre os problemas enfrentados desde o final do ano passado -, também foi criticada por deputados e especialistas em trânsito:

- O governador, ao dizer que não era agência reguladora, colocou de novo no centro da questão a omissão da Agetransp. Não houve qualquer sanção ou satisfação para o público. A população levou gato por lebre: o estado deu mais 20 anos para a empresa operar o sistema em troca de uma obra que piora o metrô - disse o deputado estadual Alessandro Molon (PT).

O engenheiro de transportes Fernando Mac Dowell também criticou a Agetransp:

- Agora, está tudo errado. Vai ter que andar para trás. O certo é seguir o projeto original levando a Linha 2 do Estácio até a Carioca.

A Agetransp não informou quando concluirá os processos abertos para apurar as falhas do metrô.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Trem: Supervia responte ao Diários sobre Trilhos

A Supervia lançou recentemente um blog. Aproveitamos a oportunidade para realizar algumas perguntas.

Composições com ar condicionado
Desde o início da administração, em 1998, – quando não havia nenhum trem com ar condicionado – a empresa vem renovando sua frota, com reforma e aquisição de novos trens com ar condicionado. Esse processo é gradativo e atualmente apenas 22% da frota têm ar condicionado. Esses trens fazem viagens em todos os ramais, preferencialmente em trajetos mais curtos, para possibilitar um maior número de viagens ao longo do dia e, consequentemente, beneficiar um maior número de passageiros. Atualmente, a SuperVia tem uma frota de 160 trens operacionais, sendo 38 com ar condicionado (20 novos e 18 reformados), 73 de aço inox (que podem ser reformados com a colocação de ar condicionado) e 49 de aço carbono (que serão substituídos nos próximos anos). Em 2011, mais 37 novos trens com ar condicionado entrarão em circulação, melhorando significativamente o serviço.


Diário sobre Trilhos: Vocês não acham que ter apenas 22% das composições com ar-condicionado após 11 anos um número muito baixo?
Supervia: O processo de renovação e ampliação da frota é gradativo e vem ocorrendo. Para se ter uma idéia, quando se faz uma negociação para fornecimento de trens, o prazo para entrega da primeira composição é de 24 meses. Desta forma, entendemos que a empresa está no caminho certo e o número atual de trens com ar condicionado, apesar de não ser satisfatório às exigências dos clientes, mostra que tanto a empresa quanto o Governo do Estado estão empenhados em melhorar o sistema ferroviário do Rio de Janeiro.

Diário sobre Trilhos: Uma outra dúvida, que não foi abordado no texto de vocês, diz respeito a fiscalização.
Qual o papel dos agentes de segurança? Por que eles não coibem a ação dos vendedores ambulantes?
Hoje, além de trens lotados nos ramais Santa Cruz e Saracuruna, os clientes ainda são obrigados a conviver com os ambulantes e seus isopores gigantes.
Problema esse que começa ainda na Central do Brasil.

Supervia: A SuperVia possui cerca de 700 profissionais, entre vigilantes e agentes de controle, que tem como objetivo informar, orientar e garantir o bem-estar e a integridade dos passageiros. A repressão ao comércio ilegal é realizada com o apoio dos órgãos públicos, mas reconhecemos que ainda existe essa prática no sistema e estamos em contato com as autoridades competentes a fim de intensificarem as ações de fiscalização. Também promovemos campanhas de conscientização para os passageiros não adquirirem produtos sem garantia de validade e procedência.
Mas reconhecemos que ainda existe a prática do comércio ilegal e estamos informando as autoridades competentes a fim de intensificarem as ações de fiscalização. Também promovemos campanhas de conscientização para os passageiros não adquirirem produtos sem garantia de validade e procedência.


Diário sobre Trilhos: Para finalizar, voltando a manutenção dos carros existentes, como explicar essas imagens postadas no nosso blog:
E chove la fora
Um trem do ramal Santa Cruz, em um dia de chuva. As imagens apresentam um vazamento do teto. Não uma simples goteira, mas sim uma “torneira” de água através do sistema de ventilação do trem.

A Supervia não se manifestou em relação as imagens.

Metrô: Ministério Público investigará problemas no metrô

O Ministério Público estadual (MP) instaurou inquérito para apurar as falhas na prestação de serviço do metrô. Em meio à enxurrada de problemas enfrentados pelos usuários, nesta quinta-feira o governador Sérgio Cabral criticou a concessionária Metrô Rio e disse ter enviado um "e-mail dasaforado" ao presidente da empresa. Já o deputado estadual Alessandro Molon (PT) enviou um ofício à Agetransp (agência reguladora reponsável pela fiscalização das concessões do sistema estadual de transportes) pedindo explicações ao órgão.

O governador afirmou que a concessionária não estava preparada para atender ao aumento da demanda de passageiros, ocorrida a partir de dezembro, após inauguração da ligação da ligação direta Pavuna-Botafogo e a mudança da estação de baldeação entre as linhas 1 e 2, que passou a ser feita na Central do Brasil.

- Eu mandei um e-mail desaforado para o presidente do metrô. Eu não sou agência reguladora, mas acho um absurdo. Você diz: "Acabou a baldeação no Estácio. Você vai direto". O que aconteceu? Aumentou o número de passageiros. É óbvio, mas você tinha que estar preparado - disse Cabral durante a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Ladeira dos Tabajaras e no Morro dos Cabritos , na Zona Sul.

Promotor da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, Carlos Andresano Moreira quer saber se a concessionária e a Agetransp têm estudos que atestem a viabilidade técnica da transferência da baldeação, antes feita no Estácio.

- Precisamos checar se há um material que embase essa mudança. Se não houver, é sinal de que a alteração implica apenas num prejuízo aos usuários, que convivem com superlotação, atraso das composições, falta de informação e outros problemas. Tememos que, em algum, momento ocorra um tumulto, um quebra quebra numa das estações - adiantou o promotor Ardesano Moreira.

Segundo ele, a Promotoria de Cidadania vai abrir outro inquérito para apurar a lisura da extensão do contrato de concessão, acertada em 2007 pela Metrô Rio e pelo governo do estado. Na ocasião, o compromisso original, que terminaria em 2018, foi prorrogado por mais 20 anos.

O deputado estadual Alessandro Molon esteve na reunião com os promotores, realizada na tarde desta quinta-feira no MP, e comemorou a instauração do procedimento. O parlamentar qualificou a retirada da baldeação do Estácio como uma "gambiarra":

- Em troca dessa gambiarra, o governo do estado garantiu à concessionária a exploração do serviço por mais duas décadas. O projeto original apontava a Carioca como o local mais preparado para receber a baldeação, e previa a construção de Estação Cruz Vermelha. Nada disso foi feito, e a concessionária gastou muito menos.

Em resposta às críticas feitas pelo governador Sergio Cabral, a Metrô Rio emitiu uma nota afirmando que "tem mantido as autoridades informadas sobre todas as providências que estão sendo tomadas para reduzir o mais rapidamente possível os intervalos entre os trens".

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Metrô: Rotina de atrasos e superlotação continuam no metrô

O nosso leitor Victor Braga nos mandou essa notícia que saiu no RJTV. Para ver o vídeo, basta clicar no link http://rjtv.globo.com

A viagem da equipe de reportagem do RJTV no metrô começou às 7h30, na Pavuna. Pretensão demais querer um lugar para sentar. A cada estação, entrava mais gente. É uma contínua disputa por espaço, que acaba faltando.

Em Maria da Graça, a porta do trem não fechava. Muitos precisaram esperar o próximo trem. Em meio a tanto aperto, Dona Maurília passou mal. “Estamos todos espremidos”, reclamou um jovem. “Continua a mesma coisa. Para te dizer a verdade, está até pior”, acrescentou outro rapaz. “Viajamos sem ar-condicionado todos os dias”, criticou uma jovem.

Em dezembro, já tínhamos mostrado o sofrimento de milhares de pessoas para para entrar nos vagões e até para desembarcar. Três semanas depois, os passageiros só reclamam. “O metrô está cheio sempre”, criticou um jovem. “É horrível”, acrescentou uma moça.

E uma das piores queixas é o tempo de espera. Os intervalos, que deveriam cair de quatro para dois minutos, como foi anunciado com a inauguração da nova linha, estão chegando a 20 minutos. Com o fim da baldeação no Estácio, o prometido também era uma viagem mais curta, em pelo menos em 13 minutos, da Pavuna até o Centro. Isso ainda não está acontecendo.

“Até ter o ajuste para que se tenha uma linha regulada, leva algum tempo. Infelizmente as pessoas estão sofrendo com esses ajustes. A gente se desculpa. Hoje, a gente já está conseguindo colocar intervalos de seis minutos, que eu acho que vão perdurar até o pico de movimento da tarde. Se assim acontecer, amanhã já vamos ter um dia melhor”, afirmou o diretor de Relações Institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores.

Flores acrescentou que a inauguração da estação Cidade Nova, em março, deverá trazer benefícios para todo o sistema. Mas segundo Flores, o problema dos vagões lotados só será totalmente resolvido com a chegada de 19 novos trens, a partir de dezembro.

Metrô: Microcâmera mostra o sofrimento dos passageiros do metrô

O nosso leitor Victor Braga nos mandou essa notícia que saiu no RJTV. Para ver o vídeo, basta clicar no link http://rjtv.globo.com

Pavuna, 7h30: calor, estação cheia, empurra-empurra. Com uma pequena câmera, o repórter cinematográfico Alex Carvalho embarca no metrô. O destino: Botafogo.

O vagão em que viajamos já sai cheio. Não há lugar para sentar. Na estação de Vicente de Carvalho, mais pessoas. Gente que segue para o trabalho e não tem opção a não ser disputar um espaço no trem.

Durante a viagem, muito aperto. Cada um se segura como pode. Dona Maurília passa mal. Vinte e dois dias depois da inauguração da nova linha, os passageiros só reclamam. “Agora está sem ar todos os dias nos vagões”, diz uma mulher.

A cada parada, ainda na Linha 2, mais gente. Fica difícil filmar. A imagem mostra a composição lotada. A maioria viaja sem conforto. Na estação Maria da Graça, alguns passageiros não conseguem nem embarcar. O trem parte e eles ficam esperando o próximo.

Em dezembro, já tínhamos mostrado o sofrimento de milhares de pessoas para conseguir um bilhete, entrar nos trens e até para desembarcar.

Com as obras de extensão da Linha 2, que acabaram com a transferência na estação do Estácio, o prometido era uma viagem mais curta pelo menos em 13 minutos da Pavuna até o Centro. Com paradas frequentes fora das estações, isso ainda não está acontecendo. E outro problema são os intervalos. Deveriam ser de dois minutos, como foi anunciado, mas estão chegando a 20 minutos.

Da Pavuna até Botafogo, nossa viagem demorou uma hora. Quem depende do transporte todo dia reclama do serviço. “Desconforto, calor, aperto”, diz um passageiro.

O diretor de relações institucionais do metrô, Joubert Flores, admite que a empresa ainda não conseguiu acertar a operação. “A ideia é transformar a viagem para quem vem de Pavuna mais rápida até a Zona Sul. O que leva à demora é que, se temos um problema em um trem, ele tem que ser retirado e isso causa um atraso na linha: quem vem atrás espera. Hoje vivemos isso com dois trens. E ainda há uma obra, que é a da estação Cidade Nova, o que limita a velocidade do trem no trecho”, explica ele. “O objetivo é, nesse período inicial, que é ainda de férias escolares, operar com intervalos entre 5,5 e 6 minutos. De manhã, não fosse esse problema com os trens, teríamos conseguido”.

Metrô: Conexão Pavuna-Botafogo do metrô prejudica tijucanos

Fonte: Jornal O Globo

Sobrou para a Tijuca. Essa é a avaliação que alguns usuários tijucanos fazem do novo serviço do metrô, desde a inauguração da ligação Pavuna — Botafogo, em 21 de dezembro. A conexão, que, em tese, facilitaria a vida de quem usa a Linha 2, diminuindo o tempo de viagem entre a Zona Norte e o Centro em 13 minutos, e que aumentaria o número de trens no trajeto Centro e Zona Sul, deixou de lado o trecho da Linha 1 que corresponde às quatro estações da Grande Tijuca. Para quem embarca ou desembarca nas plataformas de Estácio, Afonso Pena, São Francisco Xavier e Saens Peña, as mudanças vieram para pior.




Entre as reclamações mais frequentes dos usuários do trecho da Tijuca estão a superlotação, a diminuição do número de vagões na Linha 1, a confusão e o desencontro de informações, as panes no ar-condicionado, composições que ficam paradas entre uma estação e outra, e o aumento no tempo de espera nas plataformas e também no tempo de viagem.

Em meio a inúmeras queixas após o fim da baldeação na estação Estácio, com a construção da conexão direta Pavuna-Botafogo, o Metrô Rio admite falhas na operação e alega estar com problemas na regularidade dos trens.






— O benefício ainda não chegou para os tijucanos — admite o diretor de relações institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores. — Mas estamos fazendo os ajustes para que ele chegue em breve.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Metrô: Passageiros passando calor no metrô carioca

Fonte: Jornal O Globo

RIO - Denuncio, há algum tempo, as irregularidades e os absurdos cometidos pelo Metrô Rio. Mas acho que agora eles passaram dos limites aceitáveis de maus tratos com os usuários. Eles estão deliberadamente desligando o ar condicionado das composições do metrô.

Isso começou de modo tímido. Primeiro, eles desligavam em um vagão. Quando os passageiros reclamavam, eles ligavam o ar de um e desligavam de outro. Depois eles começaram a desligar em mais de um vagão. Quando as pessoas reclamavam, eles ligavam o ar novamente para depois tornar a desligar.

Agora, como o povo cansou de reclamar, eles estão colocando para circular de maneira deliberada e generalizada quase todos os carros sem ar condicionado. Eu já fiz alguns vídeos com pessoas se abanando, suadas e passando mal dentro desses verdadeiros fornos. Este foi feito na última terça-feira por volta das 17h10m, no trajeto Cinelândia-Central e mostra como são tratados os passageiros.

Veja o vídeo

Em nota, o Metrô Rio informou que "está reforçando todos os sistemas de ar condicionado para aumentar a eficácia dos mesmos. Nenhum trem é liberado para servir a população sem que o sistema de ar condicionado esteja funcionado, mas problemas podem acontecer durante a operação e, nesses casos, o trem é retirado de circulação o mais rápido possível para reparo ou o vagão é isolado até que o trem possa ser retirado, já que cada carro possui dois equipamentos de ar próprio. Quando os passageiros notarem que o ar condicionado não está funcionando satisfatoriamente, devem avisar aos agentes de segurança ou condutor para que a equipe técnica possa agir o mais rápido possível. Além disso, os 19 novos trens que já foram comprados terão sistema de ar condicionado dimensionado para receber a incidência direta de sol na Linha 2. As novas composições serão entregues pelo fabricante a partir de 2011."

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Metrô: sufoco no metrô

Metrô: Problemas podem parar na Justiça

Fonte: Jornal O Globo

Os problemas enfrentados pelos usuários do sistema de metrô - como atrasos, superlotação de estações e funcionamento deficitário do sistema de refrigeração dos trens -, mostrados pelo GLOBO neste domingo, podem parar na Justiça, revela Isabela Bastos em reportagem publicada nesta segunda-feira.

O deputado estadual Alessandro Molon (PT), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, disse neste domingo que entrará, ainda esta semana, com uma ação popular pedindo a anulação da prorrogação do contrato de concessão da concessionária Metrô Rio feita pelo governo estadual em 2007, em troca de investimentos no sistema.

O argumento do parlamentar é que o serviço piorou após a entrada em operação, em dezembro passado, da ligação direta Pavuna-Botafogo. Molon pedirá ainda que a Justiça obrigue a concessionária a restituir a baldeação entre as Linhas 1 e 2 no Estácio. Ele quer que o Estado seja obrigado a retomar o projeto original do metrô de expansão da Linha 2, entre Estácio e Carioca.

O GLOBO procurou o secretário de Estado de Transportes, Júlio Lopes, mas segundo sua assessoria de imprensa, Lopes somente comentaria a ação quando fosse notificado oficialmente do processo.

Já a concessionária Metrô Rio informou ter sido procurada pelo governo estadual, em 2007, com a proposta de extensão do contrato em troca de investimentos de R$ 1,15 bilhão. A concessionária afirmou que comprou 19 novos trens, fez a implantação da linha direta Pavuna-Botafogo, melhorias no sistema de energia e no centro de controle de tráfego. Segundo a Metrô Rio, os novos trens começam a chegar em 2011. Com a negociação, o contrato da Metrô Rio, que expiraria em 2018, foi renovado por mais 20 anos.