terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Metrô: Vistoria do MP detecta falhas no metrô

Fonte: O Globo

RIO - Vistoria realizada na tarde desta segunda-feira tarde por técnicos do Ministério Público e do Sindicato dos Metroviários, além do deputado estadual Alessandro Molon (PT), apontou falhas de segurança na operação do metrô. Uma parte da equipe andou num dos vagões, outra ficou dentro da cabine do condutor, indo da estação Carioca até a do Maracanã. O que mais chamou a atenção foi o fato de a liberação das composições ser manual. Paradas entre as estações foram necessárias para que despachantes da empresa fizessem anotações e entregassem um papel autorizando o prosseguimento da viagem.

(Leia mais: Escritório de advocacia da primeira-dama defende a concessionária Metrô Rio)

Hidrantes trancados com cadeados nas estações

Os técnicos listaram outros problemas que prejudicariam a segurança na operação do metrô: parte da sinalização nos trilhos estava coberta com sacos pretos; hidrantes nas estações estavam trancados com cadeados, dificultado o uso em caso de urgência; superlotação, com cerca de nove pessoas por metrô quadrado, de acordo com técnicos do Ministério Público; temperatura elevada, chegando a 30,5 graus; intervalos longos, alcançando dez minutos; e falta de saída de emergência no trecho entre a Central do Brasil e São Cristóvão.

- Causou estranheza o fato de o trem estar operando com a parte da sinalização coberta por sacos pretos - disse o promotor da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, Carlos Andresano, que participou da vistoria.

O Sindicato dos Metroviários afirmou que faltam condições de trabalho para os condutores. Já Molon defendeu a volta ao sistema antigo, com a baldeação em Estácio, e a construção do projeto original, que leva a Linha 2 até a Carioca, via Praça da Cruz Vermelha.

- Essa ligação é uma gambiarra que foi entregue inacabada - reclamou Molon.
Ajustes estão sendo feitos para melhorar refrigeração

Diretor de relações institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores afirmou que os cadeados dos hidrantes serão retirados. Ele explicou que ajustes no ar-condicionado estão sendo feitos para melhorar sua capacidade, mas voltou a lembrar que o equipamento não foi dimensionado para funcionar em local aberto, como na Linha 2. A empresa informou, ainda, que não há saída de emergência na Linha 2, já que a via não fica em túneis. Joubert Flores criticou ainda o método usado na vistoria para medir o número de pessoas por metrô quadrado, que, de acordo com ele, não passariam de 7,2:

- Fico surpreso com a operação com despachantes. Vou ter que apurar isso. A sinalização fixa está funcionando.

Um comentário:

  1. No Rio, o Metrô é a melhor opção para quem quer fugir dos congestionamentos e grande risco de assalto que há nos ônibus. Mesmo sendo super lotado, ele segue em frente, enquanto que os ônibus ficam presos no trânsito, principalmente no Centro. Há falhas, mas ainda são menores que as falhas do concorrente: ônibus. E quando a questão é assalto, é muito mais tranquilo andar de metrô. Eu evito andar de ônibus. Mas, mesmo preferindo o metrô, eu tenho que deixar minhas observações: ele era o melhor meio de transporte no Rio, agora ele é o menos pior. A tarifa é muito cara - vivemos no Brasil e o poder aquisitivo das pessoas não é equivalente com um bilhete de R$ 2,80. E não há desculpa para o mau funcionamento do ar condicionado. Isso acontece há anos. Acredtido que não há manutenção preventiva deste item nos vagões, pois, se houvesse, não quebraria com tanta frequência.

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