sábado, 30 de janeiro de 2010

Metrô: Vagões se separam e metrô para

Fonte: O Dia

Rio - O último vagão de uma composição do metrô se desprendeu dos demais no momento em que o trem partia da Estação Triagem, às 16h40 de ontem. O sistema chegou a parar e, até as 17h30, as composições só circularam em dois trechos da Linha 2: entre as estações Botafogo e Maracanã e entre Maria de Graça e Pavuna.
Houve tumulto nas plataformas e um princípio de quebra-quebra em Thomaz Coelho, onde uma lixeira foi danificada. Na Estação Maracanã, policiais do 6º BPM (Tijuca) chegaram a tempo de conter os ânimos. O episódio não deixou feridos, mas é mais um na longa lista de queixas de usuários do sistema metroviário.

O Metrô Rio informou que houve defeito mecânico no engate do trem. Segundo a concessionária, isso nunca acontecera. A causa será investigada. “O sistema de segurança agiu imediatamente, impedindo que o trem partisse da plataforma. Os passageiros foram orientados a desembarcar e seguiram viagem em outro trem vazio enviado à estação”, amenizou a assessoria de imprensa.

Os trens circularam com intervalos irregulares, gerando tumulto nas plataformas. Diversas estações da Linha 2, como São Cristóvão, Maracanã e Triagem, foram fechadas, mas logo reabriram. Entre os passageiros, o sentimento era de revolta com a desinformações e a demora. Na estação de Thomaz Coelho, subúrbio do Rio, houve princípio de quebra-quebra por volta das 18h, quando os usuários que seguiam para Pavuna foram informados de que deveriam desembarcar.

Segundo usuários, a viagem foi confusa desde a Central, com muitas paradas para liberação da sinalização. Antônio Carlos Ribeiro, 41, embarcou na Saens Peña às 16h10 para ir até Irajá, mas às 18h30 ainda estava em Thomaz Coelho, tentando pegar um ônibus. “Na Central, uma funcionária do metrô disse que a Linha 2 estava parada por causa de tiroteio no Jacarezinho”, contou.

Molon entra com ação contra contrato prorrogado

Desde o ano passado, incidentes no metrô têm gerado insatisfação nos usuários. A integração entre as linhas 1 e 2, implantada no fim de 2009, é alvo de reclamações até hoje, com trens superlotados e intervalos longos e irregulares entre as partidas. Em dezembro, a quebra de veículo-tanque fechou três estações.

Quarta-feira, o deputado estadual Alessandro Molon deu entrada em ação popular para anular a prorrogação de contrato por mais 20 anos, concedido à concessionária pelo governo.

“O que aconteceu é mais um alerta de que a gestão do metrô e as decisões que foram tomadas, inclusive a integração das linhas 1 e 2, estão colocando as pessoas em risco e ferindo a reputação de um meio de transporte que sempre foi um orgulho para o Rio”, critica.

O deputado defende a realização da obra prevista no projeto original, pelo qual a Linha 2 iria do Estácio até a Carioca, onde haveria a baldeação, e chegaria até a Praça 15 para fazer a integração com barcas.

Ontem, o conselheiro-presidente da Agetransp, Luiz Antonio Laranjeira Barbosa, ordenou a abertura de processo regulatório referente ao incidente com o desengate. A Agetransp enviou uma equipe técnica para averiguar o ocorrido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário