Fonte: Jornal O Globo
Na primeira semana útil de funcionamento do novo sistema, vários usuários da Linha 1 ou da 2, desaprovaram o serviço.
Intervalos maiores, paradas frequentes fora das estações, carros ainda mais lotados, confusão na hora do embarque e calor. O próprio Metrô Rio reconhece que está pior, mas garante que melhorias já poderão ser sentidas a partir de amanhã.
Além de acabar com o transbordo no Estácio, uma das principais promessas da ligação direta entre as Linhas 1 e 2, na chamada Linha 1A, era a de diminuir o intervalo das composições. Isso, porém, não foi constatado nem mesmo entre a Central e Botafogo, trecho atendido por ambas as linhas.
Medição feita pelo GLOBO na última terça-feira mostrou intervalos de até sete minutos contra os quatro minutos anteriores.
Nas estações finais, o tempo de espera é de até 11 minutos.
Muito mais do que a companhia informava aos usuários na internet pelo Twitter: sete minutos nas estações finais e quatro entre Central e Botafogo. Segundo um fiscal da agência do do estado que regula atividade metroviária (a inconstância do impressiona. Ele pediu não ser identificado, mas que os intervalos chegam 15 minutos.
A demora entre uma composição e outra provoca aumento número de passageiros. Na estação final da Linha plataforma lota e muitas sequer conseguem embarcar.
A situação é tão grave vários usuários preferem perder minutos de viagem indo no sentido Pavuna, onde permanecem nos vagões para tentar ir ao Centro sentados.
— Entrei porque empurro mesmo, mas tem muita gente que não consegue — disse Aparecida Tomás da Silva, que embarcou na Pavuna.
Muitas pessoas compararam viagem a uma guerra em condições subumanas. Em Maria da Graça, passageiros que não conseguiram entrar no trem revelaram que estavam tentando ir para o Centro há 40 minutos.
— Já passaram três composições e eu não consegui entrar — reclamou uma mulher.
Nem o calor nem a superlotação são exclusividades dos trens da Linha 2. Como fica muito tempo parado na estação de porta aberta, mesmo os carros que ficam na sombra não conseguem atenuar satisfatoriamente a temperatura.
— Diminuiram o número de carros por composição na Linha 1, aumentaram o intervalo das composições e o número de passageiros que circulam no sistema.
O metrô está um caos — reclamou o advogado Pedro Paulo Fernandes
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