quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Metrô: Microcâmera mostra o sofrimento dos passageiros do metrô

O nosso leitor Victor Braga nos mandou essa notícia que saiu no RJTV. Para ver o vídeo, basta clicar no link http://rjtv.globo.com

Pavuna, 7h30: calor, estação cheia, empurra-empurra. Com uma pequena câmera, o repórter cinematográfico Alex Carvalho embarca no metrô. O destino: Botafogo.

O vagão em que viajamos já sai cheio. Não há lugar para sentar. Na estação de Vicente de Carvalho, mais pessoas. Gente que segue para o trabalho e não tem opção a não ser disputar um espaço no trem.

Durante a viagem, muito aperto. Cada um se segura como pode. Dona Maurília passa mal. Vinte e dois dias depois da inauguração da nova linha, os passageiros só reclamam. “Agora está sem ar todos os dias nos vagões”, diz uma mulher.

A cada parada, ainda na Linha 2, mais gente. Fica difícil filmar. A imagem mostra a composição lotada. A maioria viaja sem conforto. Na estação Maria da Graça, alguns passageiros não conseguem nem embarcar. O trem parte e eles ficam esperando o próximo.

Em dezembro, já tínhamos mostrado o sofrimento de milhares de pessoas para conseguir um bilhete, entrar nos trens e até para desembarcar.

Com as obras de extensão da Linha 2, que acabaram com a transferência na estação do Estácio, o prometido era uma viagem mais curta pelo menos em 13 minutos da Pavuna até o Centro. Com paradas frequentes fora das estações, isso ainda não está acontecendo. E outro problema são os intervalos. Deveriam ser de dois minutos, como foi anunciado, mas estão chegando a 20 minutos.

Da Pavuna até Botafogo, nossa viagem demorou uma hora. Quem depende do transporte todo dia reclama do serviço. “Desconforto, calor, aperto”, diz um passageiro.

O diretor de relações institucionais do metrô, Joubert Flores, admite que a empresa ainda não conseguiu acertar a operação. “A ideia é transformar a viagem para quem vem de Pavuna mais rápida até a Zona Sul. O que leva à demora é que, se temos um problema em um trem, ele tem que ser retirado e isso causa um atraso na linha: quem vem atrás espera. Hoje vivemos isso com dois trens. E ainda há uma obra, que é a da estação Cidade Nova, o que limita a velocidade do trem no trecho”, explica ele. “O objetivo é, nesse período inicial, que é ainda de férias escolares, operar com intervalos entre 5,5 e 6 minutos. De manhã, não fosse esse problema com os trens, teríamos conseguido”.

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