quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Metrô: Empresa garante que operação é segura

Fonte: RJTV

Na tarde desta quarta-feira, acompanhados de um diretor da empresa, o RJTV percorreu o trecho considerado crítico por especialistas em transportes. O embarque foi na estação da Central do Brasil. Durante a viagem, vários sinais ainda enrolados em sacos plásticos.

O diretor de relações institucionais do Metrô Rio, Joubert Flores, explicou que eles só devem ser usados quando o número de trens for maior. Segundo ele, hoje, apenas sete sinais são o suficientes para manter a segurança da operação.

A concessionária informou que o chamado despacho manual, em que um funcionário dava o sinal da partida, não acontece mais. “É uma operação absolutamente segura e automática”, afirmou Flores.

Mas quando estávamos na estação vimos um dos trens avançar mesmo com o sinal vermelho. O Metrô informou que esse é um procedimento normal. O Centro de Controle pode autorizar um maquinista a seguir viagem mesmo com o sinal vermelho para ganhar tempo sem comprometer a segurança.

O promotor Carlos Andresano, que pediu à justiça o fim da circulação na Linha 1ª, também fez esta viagem no fim de janeiro. Andresano definiu a sinalização como arcaica e inoperante. “Eu entendo que eles foram mal informados. Eles podem ter visto uma situação inicial, onde ainda era necessário o acompanhamento manual”, afirmou Flores.

Joubert Flores disse que com a frota atual, de 32 trens, a capacidade é de 550 mil passageiros por dia. Apesar de o governo doe estado ter prometido que os intervalos ficariam em quatro minutos, o Metrô Rio admite que o tempo mínimo entre as composições está em 5,5 minutos. Flores reconheceu que a qualidade do serviço ficou muito aquém do esperado, mas acredita que está melhorando aos poucos. Mas só com a chegada de 19 novos trens, em 2011, é que as reclamações devem terminar de vez. “Quase não consegui entrar”, reclamou uma senhora. “É muita gente desmaiando. A gente chega atrasado no serviço. Não funciona direito”, acrescentou outra passageira.

Segundo o promotor Carlos Andresano, as deficiências relatadas à Justiça foram verificadas durante a vistoria feita nas instalações do metrô. E as decisões do Ministério Público se basearam, inclusive, em declarações de representantes da própria concessionária, a respeito da sinalização.

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