quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Metrô: Áreas de estações serão revitalizadas na linha 2

Fonte: O Dia

Prender a respiração para resistir ao mau cheiro, desviar de montes de lixo e de motos que invadem a passarela integram a Via-crúcis dos usuários até a estação Pavuna do metrô. O panorama adverso, porém, já tem data para terminar: agosto deste ano, segundo a concessionária que administra o espaço.

Orçado em R$ 4 milhões, o projeto, que vai se estender a outros três pontos da Linha 2 (Pavuna-Botafogo), prevê a revitalização completa do entorno da estação e vai beneficiar cerca de 40 mil usuários. Em 6 de fevereiro, O DIA publicou reportagem mostrando série de problemas do bairro, após denúncia de motorista à seção Conexão Leitor.

As obras, que serão financiadas pelo BNDES, devem começar em março e durar até seis meses. As passarelas — hoje repletas de lixo, pichadas, sem manutenção e com partes enferrujadas — serão restauradas. Segundo o Metrô, a estrutura não será demolida. A previsão é de que o piso de cimento dê lugar a um de granito.

As calçadas receberão nova pavimentação, com direito a projeto paisagístico e plantio de árvores. O problema de iluminação deficiente, prato cheio para assaltantes, será resolvido através de parceria com a Rioluz, que vai instalar o material adquirido pelo Metrô e ficar responsável pela manutenção. Ontem, até durante o dia de sol, as luzes da passarela ficaram acesas.

Na segunda fase do programa, previsto para começar no último trimestre do ano, serão instalados elevadores, semelhantes aos da estação Cidade Nova, para auxiliar pessoas com dificuldade de locomoção.

Segundo a gerente de Relações Institucionais do Metrô Rio, Rosa Cassar, o projeto contempla ainda a recuperação da Praça Copérnico, que fica em frente à estação.Em convênio com a Fundação Parques e Jardins, serão instalados bicicletários e espaço de convivência. O órgão da prefeitura fará a manutenção dos equipamentos. Os pontos de ônibus do entorno serão ordenados. “Com a revitalização, as pessoas chegam ao metrô com mais segurança. Estamos fazendo estudos e temos planos de reformar outras áreas abandonadas, principalmente no entorno da Linha 2, que é o mais abandonado”, declara Rosa.

Ainda segundo Rosa, a remoção de ambulantes, pontos de mototáxi e moradores de rua ficará sob a responsabilidade da prefeitura. A sub-prefeitura da Zona Norte informou que realiza com frequência operações do Choque de Ordem no bairro.

Na Tijuca, até um jardim foi recuperado

O projeto de revitalização do entorno das estações do metrô começou em 2008 com os terminais do Flamengo, São Francisco Xavier (Tijuca) e Coelho Neto.

Em Botafogo, foram implantados dois portões no corredor que dava acesso à Fundação Getúlio Vargas. Às 19h eles são fechados para evitar assaltos no local. Além disso, um muro na Rua João Paulo II foi deslocado para ‘criar’ uma calçada para usuários.

Na Tijuca, 300 barracas de ambulantes foram removidas, com a ajuda da prefeitura, e novo piso intertravado (com cores especiais) foi implantado. O jardim do bairro foi recuperado e gradeado.

Na estação de Coelho Neto, um ponto específico para os ônibus do metrô foi criado e área de lazer, recuperada.

Insegurança afasta usuários

Moradora de São João de Meriti, a desempregada Ana Cláudia Avelino, 22 anos, evita passar pela estação após 17h, por causa da insegurança. Ela reclama do mau cheiro, de moradores de rua e usuários de drogas próximo à estação. “É mal iluminado. Muitas vezes deixei de pegar o metrô e optei pelo ônibus por falta de segurança. Meu pai e muitos amigos já foram assaltados aqui”, reclamou.

Já para o representante comercial Dmylton da Costa Junior, 48, a falta de conservação das passarelas é o maior problema. Ele relata que não há escoamento de água e, quando chove, as poças impedem a passagem dos usuários.

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