Metrô do Rio será o mais caro do país, a partir de sábado

Fonte: Extra

Os passageiros que forem usar o Metrô Rio a partir do próximo sábado, dia 2 de abril, terão que arcar com um aumento de 10,7% no preço do bilhete, que passará dos atuais R$ 2,80 para R$ 3,10. Isso também significa que o carioca começará a pagar a taxa mais cara de metrô em todo o país. Com o reajuste, o preço cobrado no Rio supera os de Brasília (R$ 3) e de São Paulo (R$ 2,90).

A integração entre o metrô e a SuperVia também vai aumentar, de R$ 3,80 para R$ 4,20. Hoje, deverá ser fixado o reajuste dos bilhetes que integram os trens subterrâneos com os ônibus, que atualmente variam de R$ 3,70 a R$ 4,40, dependendo do trajeto. Até domingo, será debitada a tarifa antiga (R$ 2,80) dos cartões unitários ou dos pré-pagos comprados ou recarregados até amanhã, dia 1.

A revisão da tarifa — a primeira em dois anos — foi feita pela Agência Reguladora de Transportes Públicos (Agetransp), seguindo a inflação medida no período pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), de 12,41%.

Se o preço da passagem está em alta, pode-se dizer que o prestígio do metrô entre os usuários está em baixa. Ontem à noite, na Central do Brasil, muitos usuários tinham queixas sobre o transporte, especialmente na hora do rush. O vigilante Gilmario Gomes, de 29 anos, que utiliza as composições três vezes por semana, questiona o fato de o prazo de validade dos cartões unitários ser de apenas dois dias, o que o obriga a comprá-los cada vez que utiliza o serviço:

— Compro, no máximo, dois, para evitar que percam a validade na minha carteira. Por isso, sempre tenho que ir ao guichê quando uso o metrô.

O Metro Rio argumenta que a passagem unitária é destinada a usuários eventuais. Para os que utilizam o serviço com mais frequência, existiriam os cartões pré-pagos, sem prazo de validade, com carga inicial de R$ 10 e recarga a partir de R$ 5.

Para a coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci, mesmo sendo voltados para passageiros eventuais, os cartões poderiam ter uma validade maior:

— Se os usuários estão descontentes, têm que se unir para reclamar.