quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Metrô: Marcação cerrada no Peixe

Fonte: O Dia

Acostumado a enfrentar a marcação cerrada dos zagueiros em campo, o ex-jogador Romário não conseguiu driblar a superlotação do metrô do Rio, onde nunca tinha viajado. Candidato a deputado federal pelo PSB, o Baixinho foi ontem da Carioca à Pavuna fazendo corpo a corpo com os passageiros durante 48 minutos. Mas o Peixe, que está acostumado com o conforto de carrões de luxo, parecia mais uma sardinha enlatada.



“Isso aqui está muito cheio! Não imaginei que ficasse tão apertado assim”, reclamou Romário, que, logo na chegada à Carioca, teve que mostrar habilidade para furar a retranca dos seguranças. Com jeitinho, conseguiu embarcar com cabos eleitorais e até distribuiu santinhos para os agentes. Em troca da cortesia, poses para fotos.

Antes do embarque, o candidato estava tenso. “Soube que tem tido muitos problemas aqui no metrô. Mas, se Deus quiser, hoje vai dar tudo certo”, torcia Romário, que não conseguiu esconder o desconforto.

Assediado pelos passageiros, que não paravam de pedir para tirar fotos com celulares, a cada estação deixada para trás, ele perguntava quantas ainda faltavam para chegar ao ponto final.

“Está achando apertado? Você ainda deu sorte, porque hoje não está tão cheio e o ar-condicionado está funcionando”, disparou o passageiro Valdecir Dias, 51 anos, que aprovou a iniciativa de Romário.

“Gostei de vê-lo aqui. Quer representar o povo? Tem que conhecer nossas dificuldades”, destacou a passageira Clara Beltrão, 48 anos.

No trajeto, o Baixinho ficou o tempo todo em pé. Autor da frase “mal entrou no ônibus, já quer sentar na janela”, uma referência ao ex-técnico do Fluminense, Alexandre Gama, Romário admitiu: “Seria o ideal (estar na janela), mas isso aqui está tão cheio que não consigo chegar até ela”, brincou.

Na Pavuna, Romário andou até a rodoviária do bairro. Depois, voltou para casa. De carro.

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